Palco da transição, CCBB recebe a primeira visita da equipe de Lula

Local que abrigará a equipe de transição do presidente eleito deve iniciar os trabalhos já na próxima segunda-feira (7/11); Lula é esperado na terça

Henrique Lessa

postado em 04/11/2022 16:29 / atualizado em 04/11/2022 17:30

(crédito: Lula Marques / Bancada do PT)

A equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez a primeira visita ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) nesta sexta-feira (4/11). Sem a presença do coordenador da transição, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), a comitiva foi encabeçada pelo coordenador técnico, o ex-ministro Aloizio Mercandate, e pela presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR).

Durante a coletiva, a presidente do PT adiantou que, além dos 50 indicados que ocuparão cargos públicos de acordo com a lei, diversos técnicos voluntários devem compor a equipe de Lula na transição. Com o segundo andar liberado para a equipe do petista, o CCBB, localizado no Setor de Clubes Esportivos Sul, ainda pode disponibilizar mais uma área no terceiro andar para atender os demais técnicos voluntários que vão colaborar com o governo de transição.

Também integraram a comitiva os líderes do PT no Congresso, senador Paulo Rocha (PA) e deputado Reginaldo Lopes (MG), além do ex-deputado federal Floriano Pesaro, aliado de Alckmin, entre outros parlamentares.

As lideranças do PT no Congresso adiantaram que diversos nomes de técnicos que atuam nas bancadas do partido devem colaborar de alguma forma com a equipe liderada pelo vice-presidente eleito.

Sobre as críticas do senador Renan Calheiros (MDB-AL) à PEC (proposta de emenda constitucional) da Transição, feitas na quinta-feira (3), Gleisi afirmou já ter conversado com o parlamentar. Segundo ela, um diálogo com o Tribunal de Contas da União (TCU) é mais uma possibilidade. "Conversei ontem com o senador Renan Calheiros, temos de ver todas as possibilidades para viabilizar aquilo que foi contratado nas urnas. Não podemos entrar 2023 sem o auxílio emergencial (Auxílio Brasil de R$ 600) e sem o aumento real do salário mínimo, coisas que foram contratadas com o povo brasileiro", explicou a presidente do PT.

Sem apontar qual a fonte de recurso para os gastos, Gleisi disse AINDA que a área técnica segue discutindo a PEC com a Comissão Mista do Orçamento no Congresso. “Nós não temos ainda todos os cálculos feitos pela área técnica, ainda não temos o valor total de impacto da PEC”, apontou.

A expectativa, adiantou Gleisi, é de que, já na próxima segunda-feira (7), parte da equipe ocupe os espaços. Também é esperada a definição da agenda de Lula, que deve voltar para a capital paulista neste domingo (6), após alguns dias de descanso no litoral baiano. A petista disse que a agenda do presidente eleito não está fechada, o que deve ser definido apenas na segunda-feira, mas deu o indicativo da vinda de Lula à capital federal na próxima terça-feira (8).

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