Após reunião do presidente Jair Bolsonaro (PL) com os integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (1°/11), o ministro da Corte Edson Fachin destacou que o chefe do Executivo aceitou a derrota nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O magistrado disse a jornalistas que Bolsonaro se referiu ao cargo no passado e que os Poderes vão “seguir em frente”.
"O presidente da República utilizou o verbo acabar no passado. Ele disse: 'Acabou'. Portanto, olhar para a frente", disse o ministro Edson Fachin, que participou da reunião. Também estiveram presentes no encontro a presidente do STF, Rosa Weber, os ministros Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Kassio Nunes Marques e André Mendonça, além do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Depois de dois dias de silêncio, Jair Bolsonaro se pronunciou pela primeira vez sobre a derrota. Em um discurso de dois minutos e meio, nesta terça-feira, ele agradeceu aos eleitores, criticou os bloqueios nas estradas e não citou em nenhum momento a vitória do candidato petista.
Em seguida, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), confirmou que aguarda o encaminhamento formal, por parte da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, do nome do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB-SP), como coordenador do governo de transição da chapa eleita.
O presidente recebeu o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, no Palácio da Alvorada. Ele também teve a visita do vice da chapa, Walter Braga Netto, do filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), além do deputado Hélio Lopes (PL-RJ) e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Bolsonaro ainda convidou ministros do STF para uma conversa na residência, mas eles não compareceram. Depois do pronunciamento, a Suprema Corte divulgou uma nota oficial destacando que a fala do chefe do Executivo foi necessária para iniciar o rito de transição e que ele reconheceu o resultado do pleito.
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