Congresso Nacional

Melchionna chama Zambelli de "bandida" e que bloqueios são "baderna golpista"

Deputada federal do PSol também fez críticas à Polícia Rodoviária Federal e também mencionou o caso Roberto Jefferson

Raphael Felice
postado em 01/11/2022 14:14 / atualizado em 01/11/2022 14:14
 (crédito: Minervino Junior                      )
(crédito: Minervino Junior )

Em sessão plenária na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (1º/11), a deputada federal Fernanda Melchionna (PSol-RS) criticou os bloqueios de estradas feitos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em estradas por todo o país.

Segundo a deputada do PSol, o movimento não se trata de uma manifestação, mas sim de “baderna golpista”. A deputada cita que os protestos não são de caminhoneiros e que, em muitos casos, está sendo bancada e incentivada por empresários e que são um “crime” por se tratar de uma manifestação autoritária para “pedir golpe”. Ela cita que para pedir aumento de salário, para reduzir combustível é algo diferente do que vem acontecendo.

“Não se pode confundir alhos com bugalhos. Manifestação é diferente de baderna golpista. O que nós estamos vendo no Brasil, neste momento, é o choro minoritário e barulhento de meia dúzia de bolsonaristas extremados que trancam as principais vias do país para pedir ditadura militar. Porque é fácil numa democracia pedir ditadura militar, agora numa ditadura militar pedir democracia é bem difícil. Muitos foram presos para que a gente pudesse ter as liberdades democráticas conquistadas em 1988”, disse.

Durante o discurso, Melchionna também criticou a gestão Bolsonaro e mencionou os casos envolvendo o ex-presidente do PTB, Roberto Jefferson e da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP)

“O povo brasileiro viu o que a expressão acabada do bolsonarismo com o Roberto Jefferson esperando agentes da Polícia Federal com granada. Ou a bandida da Carla Zambelli (PL-SP) sair com uma arma empenhada em plena São Paulo para ameaçar um cidadão que discordava da posição política dela”, disse.

A deputada citou ainda o caso dos bloqueios das estradas e comparou as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizadas no domingo de eleição, principalmente no nordeste. Melchionna ainda pediu a prisão do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques.

“A PRF não está atuando. O diretor-geral da PRF, que inventou uma operação na região nordeste do país que não teve na região Sul e nas cidades onde o Bolsonaro teve maioria dos votos e demorou a desobstruir a liberdade do povo nordestino voltar, esse mesmo diretor está a dois dias em silêncio profundo junto com seu chefe [...] o diretor-geral da PRF precisa se preso, gente. O ministro da Justiça tem que responder por aparelhar os órgãos de estado para os delírios bolsonaristas”, concluiu.

As manifestações também foram criticadas por deputados federais de direita, como Marcel von Hatten. Ele cobrou pronunciamento de Bolsonaro e afirmou que os protestos de caminhoneiros e demais apoiadores de Bolsonaro estão “se igualando à esquerda” ao impedir o “direito de ir e vir”.

"Presidente Jair Bolsonaro, as eleições foram anteontem. A Nação brasileira, em especial aqueles que votaram em Jair Bolsonaro para Presidente, que é o meu caso também, aguarda o seu pronunciamento. Os brasileiros estão nas ruas fechando rodovias. Infelizmente, alguns deles estão se igualando aos protestos que a esquerda faz, impedindo o direito de ir e vir”, disse.

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