Protestos

Bruno Dantas avisa a manifestantes que fecham estradas: "Serão presos"

Presidente em exercício do TCU chegou a afirmar que os manifestantes tentam "fabricar insurreição" e que serão "severamente processados, civilmente responsabilizados e presos"

Mariana Albuquerque*
postado em 01/11/2022 11:40 / atualizado em 01/11/2022 11:55

Presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro Bruno Dantas afirmou que aquele que tentar "fabricar clima de insurreição" será “severamente processado, civilmente responsabilizado e preso”. O aviso foi dado pelas redes sociais do ministro, na manhã desta terça-feira (1º/11). 

Ele faz referência à onda de manifestações e bloqueios de estradas que ocorrem nas principais rodovias dos 27 estados e do Distrito Federal, após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas no último domingo (30/10). 

O ministro chegou a afirmar que os manifestantes são "vivandeiras alvoroçadas” tentando “fabricar insurreição”.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou já ter desfeito 192 bloqueios em rodovias realizados por apoiadores do presidente Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, ontem, que a PRF e as policias militares de cada estado liberem as vias ocupadas. A determinação foi validada pela maioria da Corte ontem à noite.

O TCU nas eleições 

O TCU tem acompanhado as eleições desde o primeiro turno, com o objetivo de encaminhar o período de votação. O órgão chegou a aumentar o número de técnicos na inspeção de urnas para acelerar o resultado da auditoria. 

Ao fim do primeiro turno, o ministro Bruno Dantas afirmou que a corte não registrou “inconsistência de dado incorreto” no processo de conferência de votos no 1º turno das eleições presidenciais de 2022. “A análise foi encerrada no início do dia 3 de outubro e o processo de conferência de votos por candidato para os cargos de senador, governador e presidente não registrou nenhuma inconsistência de dado incorreto”, disse.

Na última segunda-feira (31), o Tribunal criou um comitê para acompanhamento da transição governamental de Bolsonaro para Lula. “O TCU tem larga tradição na fiscalização do cumprimento da lei. O arcabouço normativo que fixa padrão civilizado para a transição de governos no saudável rito periódico de alternância de poder é um patrimônio da democracia brasileira e merece o máximo de atenção de todas as instituições“, comentou Dantas.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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