Observadores eleitorais credenciados demonstram preocupação com as ocorrências registradas no Nordeste envolvendo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), neste domingo (30/10).
Em nota divulgada na tarde de hoje, os observadores eleitorais credenciados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) destacaram a gravidade das ocorrências relacionadas à atuação da Polícia Rodoviária Federal na fiscalização do transporte coletivo de eleitores, uma vez que o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, havia proibido que a PRF realizasse esse tipo de operação durante o 2º turno. Foram registradas operações da PRF em estradas do Pará, da Paraíba e em vários outros estados.
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"O MCCE considera que a intimidação de eleitores deve ser investigada e punida, especialmente quando praticada por órgãos governamentais, tendo em vista que o voto livre é um direito constitucional dos cidadãos", informou a nota da entidade.
O MCCE informou que atuaram em 10 unidades federativas do país no 1º turno e, neste domingo, voltaram às zonas eleitorais para verificar as condições em que os eleitores votaram no 2º turno.
"Os relatos dos observadores são de que, durante o período da manhã de hoje, foram observadas filas longas ou intercorrências que prejudicassem a votação nas zonas visitadas — ao contrário do 1º turno, quando foram verificadas longas filas, com demora de até duas horas para votação", destacou o comunicado. Segundo os observadores, a coleta de dados dos eleitores por biometria, no turno atual, nas seções visitadas, foi mais rápida do que no turno anterior.
Em entrevista coletiva, apesar das inúmeras denúncias de intervenção da PRF em vários estados do Nordeste — onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL) em todos os estados no primeiro turno —, Moraes afirmou que "os eleitores prosseguiram a votaram".
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