A três dias do segundo turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) usou uma live pelas redes sociais, transmitida na noite desta quinta-feira (27/10), para reforçar um pedido aos apoiadores: que trabalhem para virar votos. Segundo a pesquida do Datafolha divulgada na noite desta quinta-feira, o presidente aparece cinco pontos percentuais atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — 49% a 44% para o petista.
"Preciso que cada um de vocês, até domingo, vire por dia mais um voto apenas. E esse voto, muitas vezes, é dentro de casa. Não vou pagar missão não, é fazer um pedido. Até domingo, trabalhe para mim. Consiga um voto, às vezes dentro da própria família. Se não tiver, no vizinho”, apelou ao público.
“Tem uns radicais que é difícil, né?! O cara é petista, não tem como. E você pergunta para ele: 'Tá, me convença a votar no seu candidato'. Ele não tem argumento. Vem gente de lá para cá, daqui para lá não vai", argumentou o presidente.
Mesmo dizendo acreditar na “vitória” nas urnas no domingo (30/10), Bolsonaro convocou os eleitores a praticarem uma “missão”: convencessem os idosos a comparecerem às urnas.
Bolsonaro também voltou a criticar os institutos de pesquisa, relembrando a diferença entre os resultados dos levantamentos e das urnas no primeiro turno. "As pesquisas dizem, eu não acredito, mas pesquisas dizem que está empatado. Se lá atrás dizia que o outro lado tinha 14 pontos na frente, ficou cinco, se está empatado agora, é porque estamos na frente", comparou.
Inserções em rádio
Bolsonaro também voltou a falar sobre a denúncia de que rádios do Norte e do Nordeste deixaram de veicular propagandas dele e privilegiaram a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).“O nosso governo tem o que falar de positivo não só do passado, como no presente, o outro não tem. Então tem que caluniar, mentir, tem que falar que não vai ter aumento do salario minimo, que o aposentado vai ter as pensões diminuídas. Mas acreditamos na grande maioria da população que não se deixou contaminar com essa mentira e está com a sua votação certa. Acredito na vitória e no trabalho”, declarou.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, considerou a acusação um "tumulto" ao segundo turno. Na decisão, o ministro determinou que o procurador-geral eleitoral, Augusto Aras, investigue possível "cometimento de crime eleitoral". Em reação ao magistrado, o chefe do Executivo anunciou que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF).