O candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) questionou o porquê do ministro da Justiça, Anderson Torres, “estar à disposição” de Roberto Jefferson durante a operação de ontem (23/10), em que o ex-deputado resistiu à prisão, atirou com fuzil e jogou granada em policiais federais na porta de sua casa, no interior do Rio de Janeiro. Na ocasião, a PF foi cumprir mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, que revogou a prisão domiciliar de Jefferson.
Durante sabatina realizada pela rádio CBN hoje (24/10), o petista criticou o fato de o ex-deputado estar em prisão domiciliar e ter artefatos e armas de grande porte em casa. Além disso, o ex-prefeito da cidade de São Paulo se solidarizou com a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, que sofreu ofensas de Jefferson, o que deu origem a todo o imbróglio.
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“Uma ministra do Supremo que, até então, raramente vinha sendo alvo de hostilidade. Ele vai lá, hostiliza, de forma vil, de uma forma inaceitável. O Supremo reage com a intervenção do Ministério Público, porque isso é uma afronta às instituições, a enésima afronta às instituições. E quando uma policial federal, também mulher, vai cumprir o mandado, completamente desprendida de aparatos, sofre aquela retaliação. O sujeito tem uma granada dentro de casa. Estamos falando de uma pessoa que tem uma tornozeleira eletrônica e uma, duas granadas dentro de casa, um fuzil dentro de casa”, disse Haddad.
Em seguida, o candidato disse que crê que as ações foram premeditadas e que indagou a mediação do ministro da Justiça.
“Eu acredito que são provocações premeditadas, vamos jogar com isso. Como é que o sujeito manda um ministro da Justiça fazer uma mediação? Quem é o Roberto Jefferson para ter o Ministro da Justiça à sua disposição?”, questionou.
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