A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vincula ao presidente Jair Bolsonaro (PL), em vídeo divulgado nas redes sociais e na televisão, a prisão de Roberto Jefferson (PTB) e seu ataque a agentes da Polícia Federal ontem. O material de campanha também mostra cenas de violência envolvendo apoiadores do presidente.
O vídeo foi publicado nas redes ainda no domingo (23/10), e deve circular como propaganda eleitoral na televisão a partir desta segunda-feira (24). Logo no início, o material traz uma gravação de Bolsonaro de quando ele ainda era deputado federal, na qual ele diz "a minha especialidade é matar, pô".
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"A violência bolsonarista chegou a níveis alarmantes. Eles invadem igrejas, agridem padres, criam confusão em locais sagrados. Matam por causa da política, matam por nada", diz a narração. O material traz cenas como a confusão no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, no último dia 12 de outubro, e do assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda.
"Não tem uma foto dele comigo"
A peça publicitária classifica Roberto Jefferson como "um dos principais aliados de Bolsonaro" e cita o confronto com a Polícia Federal. Ontem, o ex-deputado desrespeitou uma ordem de prisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e disparou com um fuzil contra os agentes que foram efetuar a prisão em sua casa em Comendador Levy Gasparian, interior do Rio de Janeiro. Segundo a PF, dois policiais foram feridos por estilhaços de uma granada.
Bolsonaro tentou desvincular-se de Roberto Jefferson e do ataque aos policiais e repudiou o caso ontem, chamando o ex-deputado de "bandido" e afirmando que "não tem uma foto dele comigo", o que não é verdade. Jefferson é apoiador de Bolsonaro e reuniu-se com o atual presidente no Palácio do Planalto em mais de uma ocasião, o que está registrado em fotos publicadas nas redes sociais do PTB.
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