Um vídeo de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) viralizou nas redes sociais nesta quinta-feira (20/10). No registro é possível ver jovens cantando em coro: “Bolsonaro, você não vai perder. Eu posso ouvir o choro do PT”. A manifestação aconteceu após o culto em uma igreja da Assembleia de Deus, no município de Rio Verde, em Goiás, no domingo (16/10).
O pastor Adjair Vieira confirmou que o vídeo foi feito nas dependências da igreja, em entrevista ao Estado de Minas. Porém, segundo ele, a manifestação aconteceu após o culto e seria uma “brincadeira” da juventude da comunidade religiosa.
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“Durante o culto, não manifestamos apoio a nenhum candidato. Foi uma festa de jovens, após o término do culto. O povo já tinha ido embora, a igreja estava lotada. Ficou só uma parte (dos fiéis). Os jovens, da Mocidade, fizeram uma paródia”, afirmou.
O pastor diz ainda não saber quem publicou o vídeo nas redes sociais. “No dia seguinte, todos os membros (da igreja) já me mandaram fotos e vídeos. Muitas pessoas criticando. A repercussão foi muito negativa e isso não é legal. No geral, as pessoas falam da igreja sem conhecer o seu trabalho”.
Ele afirma que respondeu às críticas dizendo que não é o seu posicionamento e que não defende atitudes como esta. “Não é costume falarmos em política. Temos o nosso candidato, mas durante o culto não nos manifestamos”, explicou. “Sou pastor de pessoas que defendem tanto Lula quanto Bolsonaro. Trato e amo a todos igualmente.”
Vieira ressaltou também que orientou os jovens a evitarem manifestações semelhantes nas dependências da igreja. "Conversei e expliquei para a Mocidade. Informei também para a liderança superior a mim, que o episódio aconteceu após o culto. Foi uma brincadeira de jovens fazendo uma paródia. É uma música cantada na igreja e (foram) colocados dois personagens da Política atual.”
Vieira destacou que o registro só viralizou pela proximidade com o segundo turno da eleição presidencial, em 30 de outubro. No primeiro turno, no dia 2, Lula recebeu 48,43% dos votos válidos (57.259.504), enquanto Bolsonaro contabilizou 43,20% (51.072.345).