Tarcísio de Freitas, candidato ao governo de São Paulo pelo Republicanos, disse que o tiroteio durante evento de campanha foi uma "ação territorial de intimidação" do crime organizado e não um atentado político. Na manhã desta segunda-feira (17/10), Tarcísio visitava o primeiro polo universitário da comunidade de Paraisópolis, Zona Sul de São Paulo, quando teve início uma troca de tiros no entorno do local. De acordo com a Polícia Militar, oito homens em quatro motocicletas estavam envolvidos na ação; um homem de 27 anos morreu.
"Esse tipo de troca de tiros não é comum na região. Minha opinião é que foi um ato de intimidação, um ato bem claro do crime organizado contra a nossa presença. Não tem nada a ver com política, mas sim uma questão territorial para demonstrar poder e que nós não somos bem-vindos", afirmou Tarcísio nesta tarde.
"Isso é uma pena, pois o trabalho social que vimos é muito bonito, já que melhora diversas faces da vida daquelas pessoas. A comunidade e projetos como esse não podem ser reféns do crime, só que, para conter isso, precisamos reforçar a presença do estado por meio de policiamento", emendou.
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Instantes após o ocorrido, contudo, o representante do Republicanos se manifestou nas redes sociais, afirmando ter sido "atacado", o que levantou uma série de hipóteses para a investigação da Secretaria de Segurança de São Paulo. No entanto, Freitas ressaltou, em coletiva, que não acredita em motivação política, mas em uma iniciativa do crime organizado contra as forças policiais sua presença no local.
Segundo o candidato, os presentes na faculdade começaram a ouvir muitos disparos e foram aconselhados a se abaixar, quando chegaram informações de um possível ataque ao prédio. "A primeira impressão que tive era que seria algo para intimidar, mas achei que não ia passar disso. Poucos minutos depois ouvimos mais tiros e muita gritaria. Até o momento em que uma pessoa entra e diz 'tem que tirar ele daqui. Disseram que o problema é ele aqui'. Então, nossa segurança organizou uma saída, entramos numa van e fomos embora", relatou o candidato em coletiva.
Por sua vez, a Secretaria de Segurança declarou que "não descarta nenhuma possibilidade", mas não acredita se tratar de atentado contra a campanha do candidato. "Não descartamos nenhuma possibilidade, mas não acredito em atentado. Talvez um ruído com a presença policial no local, talvez uma intimidação as forças de segurança", disse João Camilo Pires, secretário de Segurança.
O governador Rodrigo Garcia (PSDB) também se pronunciou em favor da investigação e pediu apuração "imediata" dos fatos. "Quero esclarecer rapidamente o que aconteceu. Paraisópolis é uma comunidade de homens e mulheres de bem e não podemos confundi-los com bandidos. Por isso, pedimos uma investigação imediata as autoridades para esclarecer os fatos", disse o gestor.
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*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro