Após ser acusado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (16/10) de ter criado o orçamento secreto, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (PSDB) rebateu a fala em suas redes sociais e chamou o presidente de "pai do orçamento secreto". Maia também afirmou que tanto Bolsonaro quanto o ex-ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, assinaram a criação do mecanismo.
"Pelo jeito não é tão secreto, ele [Bolsonaro] tem a lista de quem recebe. Não diz os nomes, mas diz o número, que os deputados de esquerda teriam recebido. Quer dizer, está secreto para a gente, está secreto para a imprensa. Para ele, claro que não, ele que executa o orçamento", declara Maia em vídeo divulgado em seu Twitter. Neste domingo (16/10), em debate, Bolsonaro acusou Maia de ter criado o orçamento secreto e citou que 13 deputados petistas teriam recebido repasses de recursos.
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"Eu jamais daria dinheiro para essa turma toda aqui se não tivesse votado comigo, né? Se bem que eu nunca comprei voto de ninguém", afirmou o presidente no confronto.
Em sua resposta, Maia disse, ainda, que a Câmara dos Deputados não tem nada a ver com a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que é aprovada em sessão conjunta do Congresso Nacional, presidida pelo senador que ocupa o cargo de presidente do Congresso. A LDO determina o valor disponível para as emendas, sendo as RP9 conhecidas como o orçamento secreto.
"De fato, o congresso tentou. Sessão do Congresso, o LDO não passa pela Câmara. Sessão do Congresso presidida pelo presidente do Congresso, senador, não tem nada a ver com a Câmara. Ele vetou, o veto foi mantido, e ele criou o RP9 por uma mensagem assinada por ele e pelo ministro Ramos. Essa é a verdade. Infelizmente, de verdade, eles conhecem pouco", diz Maia.
O ex-presidente da Câmara também publicou um documento que diz provar que Jair Bolsonaro é "o pai do orçamento secreto". O texto, porém, não cita nem o presidente, nem o ministro.
Como será no dia do segundo turno das eleições
Dia e horário de votação: o segundo turno será no domingo (30/10), das 8h às 17h, no horário de Brasília. A divulgação da apuração dos votos deve começar logo após o fechamento das urnas.
Onde votar: o eleitor pode conferir o local de votação no site do TSE. Ou por meio do aplicativo e-Título, acessando "onde votar".
Quem deve votar: todos os brasileiros alfabetizados, entre 18 e 70 anos, são obrigados a votar no dia da votação. O voto é facultativo apenas para quem tem entre 16 e 18 anos, pessoas com mais de 70 anos e analfabetos.