São Paulo - Os dois candidatos ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), chegaram ao primeiro debate do segundo turno, que ocorrerá na sede da TV Bandeirante, no bairro do Morumbi em São Paulo.
O primeiro a chegar foi o candidato petista, que falou brevemente com a imprensa e afirmou que espera um debate verdadeiro onde se discutam propostas para o Brasil. Questionado sobre a decisão de hoje do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral que proíbe a veiculação de vídeos que sugeria atos pedófilos ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o petista disse que ainda não sabia da decisão, mas reiterou que se poderia esperar qualquer coisa de Bolsonaro.
"Ele agiu com muita má fé com aquelas meninas, como assim 'pintou um clima?'", questionou o presidenciável. Lula completou: "ele (Bolsonaro) deveria ser ainda mais respeitoso com aquelas meninas que tinham a idade para ser a filha dele".
Poucos minutos depois o presidente Bolsonaro, candidato a reeleição, chegou aos estúdios do bairro do Morumbi na capital paulista e também conversou rapidamente com a imprensa quando afirmou que está vivendo as piores 24 horas da sua vida.
Bolsonaro afirmou que as acusações de pedofilia são criações do PT, que teria utilizado uma fala sua descontextualizada. Segundo o presidente, falar sobre o "clima" de algo é comum para ele "Eu digo que não tem clima para aprovar uma projeto", exemplificou ele dizendo que o clima que surgiu com as adolescentes foi que "pintou um clima de eu poder entrar na casa das meninas, nada no tocante à pedofilia, obviamente o que aconteceu ali, era mostrar para o mundo, estava sendo transmitido até pela CNN." concluiu.
Demonstrando irritação, o presidente disse que, após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, o assunto estava encerrado, questionou sobre perguntas de outros temas e, com a insistência dos jornalistas em questionar sobre o assunto, o presidente encerrou a entrevista e seguiu para o camarim.
Para o deputado eleito Guilherme Boulos (PSol-SP), entre os convidados para o debate, o presidente precisa dar explicações sobre as suas declarações "Ele disse em um podcast, em público, ele precisa se explicar" afirmou.
O senador eleito pelo Paraná, Sérgio Moro (União), não parou para falar com a imprensa, seguiu direto para os camarins do presidente, acompanhado do coordenador de comunicação da campanha de Bolsonaro, Fabio Wajngarten.
Diferente do debate presidencial de primeiro turno, são poucos os convidados na sede da emissora paulista, e no lounge os convidados desta vez estão separados por um barreiras.
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