Em agenda no Nordeste desde quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, visitou ontem outros três estados da região antes de ir a São Paulo. Ele esteve em Teresina (PI), Fortaleza (CE) e São Luís (MA), onde discursou a apoiadores desacreditando os institutos de pesquisa, atacando o adversário, Lula, e acusando o PT de divulgar informações falsas a seu respeito.
Lula, por sua vez, não teve agenda pública e participou da gravação de um programa eleitoral para a TV. O petista também teve reuniões com sua coordenação de campanha em São Paulo, incluindo a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, e o marqueteiro Sidônio Palmeira, em preparação para o debate de hoje.
Na manhã de ontem, durante visita a Teresina, Bolsonaro discursou em um centro de convenções da cidade. Em ataque ao rival, o presidente fez alusão às obras de transposição do Rio São Francisco, iniciadas no governo Lula e inauguradas na atual gestão. "Ele não trouxe água para os seus irmãos no Nordeste e agora diz que vai dar picanha com cerveja. Mentiroso sem caráter. Ladrão", disparou.
Depois, Bolsonaro foi a Fortaleza. "A nossa região aqui (Nordeste), sempre há críticas sobre ela. Mas a esquerda, o PT, a administrou por 20 anos. Se eles fossem tão bons assim, isso aqui tinha que ser uma Suíça", afirmou o candidato.
Ele também comentou o episódio ocorrido na sexta, quando um homem atirou contra o muro de uma igreja evangélica antes de evento com Michelle Bolsonaro. Segundo o presidente, o suspeito "é de uma facção criminosa". Um homem de 22 anos, acusado pelo disparo, foi preso.
À noite, Bolsonaro foi a São Luís, no Maranhão, e visitou o Santuário Assembleiano antes de viajar para São Paulo, onde participa, nesta noite, de debate presidencial contra Lula.
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Bandeira irregular
Ontem, o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, amanheceu coberto por uma gigantesca bandeira do Brasil. A ordem partiu do presidente Jair Bolsonaro, que se apropriou do símbolo como elemento de sua campanha à reeleição. As normas legais impedem alterações nas características do edifício, projetado por Oscar Niemeyer, mesmo para intervenções temporárias, sem autorização prévia do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Bolsonaro também pretende estender uma bandeira no Palácio da Alvorada. "Pedi que aquele bandeirão que existe lá, mandei pegar uma usada, enorme, não sei quantos metros tem aquilo, e mandei colocar lá no Alvorada, que é a minha casa. Acho que ninguém vai ter coragem de dizer 'retira daí que eu vou te dar uma multa de não sei quantos por dia'. É a nossa bandeira do Brasil", afirmou. A Presidência da República não se manifestou.
(Com informações da Agência Estado)