O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, deu prazo de três dias para que Alexandre Macedo, presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e o ministro da Justiça, Anderson Torres, deem explicações sobre as investigações abertas contra institutos de pesquisa.
No último dia 13, os dois órgãos abriram investigações contra os institutos. Com base em um ofício da campanha do presidente Jair Bolsonaro, o ministro Anderson Torres pediu à Polícia Federal para abrir um inquérito para apurar as divergências entre os números das pesquisas e os contabilizados pela Justiça Eleitoral. Já Macedo justificou que "não há explicação racional" sobre a divergência das previsões dos institutos de pesquisa e dos votos contabilizados nas urnas eletrônicas.
No mesmo dia 13, uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, interrompeu os inquéritos da PF e do Cade, por entender que a missão de fiscalizar as pesquisas é do TSE.A ofensiva contra as pesquisas de intenção de voto por parte do governo federal começou a sair do papel no dia 6 de outubro. O líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), anunciou em entrevista coletiva, um projeto que criminaliza erros nos levantamentos realizados pelos institutos.
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Segundo Barros, os erros podem indicar "intenção" dos institutos em induzir ao eleitor que "não quer perder o voto" a optar pelo voto útil e mudar de candidato, produzindo efeitos no pleito.
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