ELEIÇÕES 2022

TCU seleciona seções eleitorais para amostra da auditoria no sistema eleitoral

Corte requisitou dados ao TSE para atestar resultado divulgado após primeiro turno

O Tribunal de Contas da União (TCU) requisitou, na tarde desta sexta-feira (7/10), a relação das 4.577 seções eleitorais para compor a amostra da auditoria no sistema eletrônico eleitoral brasileiro. O objetivo é atestar os resultados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 2 de outubro — data da votação do primeiro turno.

A seleção dos boletins de urna foi realizada no dia na última terça-feira (4), após a totalização dos votos válidos pela Justiça Eleitoral. Por uma margem de segurança, o TCU selecionou um número 10% maior do que as 4.161 seções necessárias para a fiscalização. A primeira auditoria foi realizada com 560 urnas e não encontrou inconsistências nos resultados do TSE.

O secretário-geral do tribunal de contas, Frederico Carvalho, destacou que essa etapa é importante para que a Corte dê continuidade ao trabalho. “O TCU vem realizando essa auditoria em várias etapas e vem seguindo rigorosamente os padrões internacionais de auditoria”, afirmou.

Para o secretário do TSE José Levi Mello, o trâmite reforça a lisura do processo eleitoral. “É uma satisfação enorme contar com o acompanhamento do TCU, que é sério, construtivo, sempre presente e que fortifica o trabalho da Justiça Eleitoral. A Justiça Eleitoral é transparente e absolutamente aberta. Aqui só há uma coisa sigilosa: o voto”, disse.

O presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, já tinha anunciado que a Corte faria a auditoria. No primeiro turno, o órgão disponibilizou 111 auditores para a fiscalização das máquinas nas seções eleitorais. O magistrado afirmou que o procedimento segue normas internacionais. "Quando o boletim de urna chegar, vamos fazer uma comparação com o resultado informado no sistema do TSE. Será uma amostra do eleitoral nacional. Tudo isso, porque seguimos padrões internacionais de auditoria", disse.

O cálculo leva em conta a proporcionalidade de cada estado brasileiro."Como decorre da população de cada estado, São Paulo terá mais urnas auditadas que o Amapá, por exemplo. A Bahia terá mais urnas auditadas que o Sergipe, por exemplo. Exatamente para garantir que essa amostra é representativa do eleitorado nacional", detalhou Dantas.

 

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