A deputada federal reeleita Bia Kicis (PL-DF) falou sobre os projetos que levará à Câmara dos Deputados e comentou uma possível candidatura ao Senado no futuro, mas explicou que o foco das próximas semanas será a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Deputada mais votada do Distrito Federal nestas eleições, ela foi a entrevistada desta quinta-feira (6/9) do CB.Poder, programa do Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília.
Kicis viaja nesta hoje a Vitória da Conquista, na Bahia, para ajudar na campanha presidencial. “Nós temos que entender o que está acontecendo no Nordeste e a melhor forma de entender é estar lá, conversando com as pessoas. Eu, como mulher, tenho a capacidade de conversar com as mulheres. Queremos conversar com as mulheres simples, que dependem de auxílios”, explicou Kicis.
Entrevista começa aos 17 minutos:
"Se não está tendo aula, não precisa de tanto recurso"
A deputada falou sobre os bloqueios de verbas das universidades federais feitos na noite de quarta-feira (5). “A gente precisa começar a cuidar da educação de base. As universidades, infelizmente, os professores nem quiseram dar aulas. Durante a pandemia, ficou todo mundo em casa. Então, se não está tendo aula, não precisa de tanto recurso”, disparou.
Bia Kicis ainda criticou as pesquisas desenvolvidas nas instituições de ensino superior. “Se o pessoal das universidades, infelizmente, quer fazer pesquisas voltadas, por exemplo, só para questões que não vão trazer nenhum benefício para o Brasil, questões ideológicas, eu não vejo por que você ficar patrocinando esse tipo de pesquisa”, justificou.
O decreto de reprogramação orçamentária, publicado no último dia 30 no Diário Oficial da União (DOU), prevê um corte de R$ 10,5 bilhões de despesas do Executivo. A Educação foi a pasta mais afetada, com bloqueio de R$ 3 bilhões, ou 28,6% do novo contingenciamento realizado pelo governo, conforme dados levantados pela Instituição Fiscal Independente (IFI), que divulgou uma análise sobre o decreto na quarta-feira (5).
Ministros do STF
Ao ser questionada se o governo aproveitaria a situação favorável no Senado, após as eleições, em possíveis casos de pedido de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Kicis lembrou que Bolsonaro teve uma eleição expressiva de apoiadores para vagas no Congresso. “(Espero) Que, com isso, os ministros do Supremo façam uma reavaliação, e que aqueles que estão abusando da sua autoridade retrocedam. Porque, se for assim, nós já teremos a tão esperada paz”, disse.
Vaga no Senado
A deputada do PL revelou também, na entrevista, a vontade de ocupar um cargo no Senado ou até no governo do Distrito Federal (GDF), mas disse esperar pelo melhor momento de avançar. “Para Senado, desta vez, eu não tinha como vir, porque eu estou no partido da Flávia Arruda, ela é presidente do partido e já havia se lançado. Não poderia disputar com ela a vaga dentro do próprio partido”, explicou.
A vaga ao Senado também não foi possível disputar, nestas eleições, por conta da senadora eleita Damares Alves (Republicanos), segundo Kicis. “Damares tem um alinhamento muito forte com o presidente Bolsonaro. Então, não faria o menor sentido eu disputar com a Damares. Daqui a quatro anos são duas vagas, né?”, resumiu, deixando aberta a possibilidade.
A curto prazo, ela explicou que sua ambição é o crescimento dentro do próprio Partido Liberal. Para Bia Kicis, faz mais sentido ter alguém eleito, como ela, ocupando a cadeira da presidência da legenda. “Eu acho que é uma coisa natural que alguém com mandato assuma a direção do partido. Mas isso é uma coisa que deve acontecer para o próximo ano. Agora, estou focada realmente na reeleição do presidente Bolsonaro”, reforçou a deputada reeleita.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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