O terceiro relatório da Missão Integrada de Observação Eleitoral da União Interamericana dos Órgãos Eleitorais (Uniore) indicou, nesta segunda-feira (3/10), que o sistema eletrônico de votação no Brasil é seguro e confiável, o que garante a atuação da democracia. Além disso, classificou as urnas, que foram atacadas sucessivas vezes pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha, de “fortalezas”.
“As urnas eletrônicas brasileiras são verdadeiras fortalezas. A confiança que o povo deposita nas urnas é uma grande notícia para a democracia brasileira, que é uma referência para toda a América Latina”, disse Lorenzo Córdova, chefe da Missão e conselheiro-presidente do Instituto Nacional Eleitoral (INE) do México, em coletiva ocorrida em um hotel, em Brasília.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi destacado como um órgão imparcial e independente a outras autarquias, bem como aos partidos políticos. A competência da equipe da Corte e a experiência no trabalho em seguir com o voto eletrônico também foram mencionados.
A tecnologia utilizada nas urnas foi outro ponto elogiado, especialmente, segundo Córdova, por sustentarem ataques ou falhas. A maneira prática e a preocupação com a melhoria contínua com a qual utilizam a tecnologia foi observada positivamente.
“O hardware e o software da urna atendem aos mais altos padrões que já encontramos pelo mundo. Nenhum tem o nível de fortaleza frente a ataques ou falhas de funcionamento como as urnas brasileiras. Todas as urnas que se submeteram aos Testes de Integridade passaram no experimento”, informou o chefe da Missão.
Esse foi o documento parcial, que foi entregue para o presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Participaram das análises 40 representantes de entidades membros da instituição, funcionários de organismos eleitorais da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai e do Centro de Assessoria e Promoção Eleitoral (IIDH/CAPEL), por meio da Secretaria Executiva.