O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu as chamadas emendas de relator, popularmente conhecidas como Orçamento Secreto. Em entrevista à GloboNews, na tarde desta segunda-feira (3/10) — um dia após o primeiro turno das eleições —, Lira disse que há duas maneiras de cooptar apoio no Congresso Nacional.
"É orçamento secreto ou mensalão. São as duas maneiras de cooptar apoio no Congresso Nacional. Eu prefiro o Orçamento municipalista", defendeu. "A gente só não pode querer dizer que o Congresso Nacional não tem autonomia, não é o fórum nem o local adequado para discutir Orçamento. E nem creditar derrotas e vitórias ao Orçamento. O Orçamento é feito pelo Congresso Nacional, com as emendas de relator, são lícitas, são constitucionais."
Lira ainda defendeu que as emendas têm viés social. "O que não dá é para criminalizar o Congresso Nacional e as emendas de relator que têm um cunho social de diminuição de diferenças na vida do brasileiro", argumentou.
Deputado por Alagoas reeleito no domingo — o mais votado do estado, com 219.452 votos — Lira, que é aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que o Congresso Nacional continuará liberal e reformista. "Estamos tranquilos de que o Congresso continuará liberal, um Congresso reformista e que se preocupa em dar andamento às pautas que o Brasil precisa, e que eu espero que nesse segundo turno elas sejam discutidas", disse. "Perdemos muito espaço de debates no primeiro turno falando de assuntos que realmente não importam para o Brasil."