O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) voltou a criticar os institutos de pesquisas de intenção de votos. Em entrevista à GloboNews, na tarde desta segunda-feira (3/10) — um dia após o primeiro turno das eleições — Lira informou que planeja votar no Congresso Nacional a regulamentação da atividade.
“Tínhamos pesquisas que mostravam o Tarcísio (Freitas, candidato ao governo de São Paulo pelo Republicanos) 10 pontos atrás e a realidade da eleição mostra o Tarcísio na frente. As votações e expressões da população brasileira deixam claros que as empresas de pesquisa não devem ser usadas para conduzir o eleitorado”, disse.
Segundo Lira, algumas pesquisas tentam “influenciar negativamente” o eleitorado. “O que eu espero é que o Brasil tenha a oportunidade, em um clima mais imparcial, sem tantas ingerências, sem tantas manipulações, nós discutirmos que Brasil a gente quer. Sem tantas empresas de pesquisas querendo influenciar negativamente”, declarou.
Deputado por Alagoas reeleito no domingo — o mais votado do estado, com 219.452 votos — Lira já havia se manifestado contra os institutos em suas redes sociais. Em 22 de setembro, o presidente da Câmara escreveu em suas redes sociais pedindo pelo estabelecimento de regras para a atuação dos institutos de pesquisa nos levantamentos de intenção de votos.
Segundo o parlamentar, “alguém está errando ou prestando um desserviço” e, para evitar isso, solicitou que haja retaliação para punir institutos que erram. “Nada justifica resultados tão divergentes dos institutos de pesquisas. Alguém está errando ou prestando um desserviço. Urge estabelecer medidas legais que punam os institutos que erram demasiado ou intencionalmente para prejudicar qualquer candidatura”, disse. “Não podemos permitir que haja manipulações de resultados em pesquisas eleitorais. Isso fere a democracia”.
O deputado, que é aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), não especificou o que seriam os “erros demasiados” nas pesquisas de intenção de voto. Cada instituto de pesquisa tem metodologias próprias e, por conta disso, podem haver variações. As pesquisas de intenção de voto representam um retrato momentâneo do que pensam os eleitores — e podem mudar conforme o desenrolar das campanhas.