Erika Hilton (PSOL-SP) foi eleita deputada federal por São Paulo. Ela é a primeira transgênero a conquistar uma cadeira na Câmara dos Deputados, com 199.914 votos válidos, neste domingo (2/10). A candidata, que também é negra, carrega experiência como vereadora na capital paulista. Foi a mais bem votada para a Assembleia Legislativa paulista, em 2020.
A bandeira LGBTQI+ é o principal tema de sua campanha, mas ela também prometeu aplicar R$ 5 bilhões para enfrentar a fome e valorizar a agricultura familiar. Defender a primeira infância, as universidades públicas e a produção científica do país são outras bandeiras. Na saúde, Erika quer enfrentar os aumentos nos planos de saúde e defende o Sistema Único de Saúde (SUS) gratuito.
“Precisamos de vozes e projetos políticos que incorporem a necessidade das favelas, das quebradas e das esquinas. Queremos uma realidade onde possamos existir sendo quem somos, do jeito que somos”, escreveu em seu site.
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Na Assembleia de São Paulo, presidiu a Comissão de Direitos Humanos e comandou a primeira CPI para investigar a violência contra pessoas trans do país. No Congresso, ela pretende continuar pautando o tema e lutar pelo levantamento de dados da comunidade. Com isso, quer elaborar políticas públicas e criar o Programa Nacional de Combate à Violência LGBTfóbica.
Em agosto, a parlamentar recebeu ameaças de morte anônimas após denunciar a fala de Jair Bolsonaro (PL) em que relacionou a varíola dos macacos com a homossexualidade. Foi chamada de “lixo social” e ameaçada de ser explodida por uma bomba, em um e-mail endereçado a ela.