A última pesquisa Ipec antes do primeiro turno, divulgada neste sábado (1º/10), mostra o ex-presidente Lula (PT) com 51% dos votos válido. O presidente Jair Bolsonaro (PL) cresceu três pontos percentuais em relação ao último levantamento, de 26 de setembro, e tem agora 37%.
De acordo com a pesquisa, a vitória do ex-presidente Lula no primeiro turno é incerta, uma vez que a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos — o que faz o petista variar de 49% a 51% dos votos. Para que a disputa termine neste domingo (2/10), um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.
O levantamento mostrou pela primeira vez os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) empatados. A emedebista se manteve com 5% dos votos válidos, enquanto o ex-governador do Ceará oscilou para baixo, de 6% para 5%. A senadora Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe d'Avila (Novo) se manteram com 1%.
Constituinte Eymael (DC), Padre Kelmon (PTB), Sofia Manzano (PCB), Vera (PSTU) e Leo Péricles (UP) não pontuaram.
Os votos válidos são calculados após a exclusão dos brancos, nulos e do percentual de entrevistados que afirmam estar indecisos. Para vencer no primeiro turno, é preciso ter 50% dos votos mais um.
Confira a variação dos candidatos em relação ao último levantamento
- Lula (PT): 51% [-1]
- Jair Bolsonaro (PL): 37% [+3]
- Ciro Gomes (PDT): 5% [-1]
- Simone Tebet (MDB): 5% [=]
- Soraya Thronicke (União Brasil): 1% [=]
- Felipe d'Avila (Novo): 1% [=]
O levantamento do Ipec foi contratado pela Rede Globo. 3008 pessoas foram entrevistadas, entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, em 183 municípios. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-00999/2022.
Impacto do debate da Rede Globo
A pesquisa do Ipec mostra o impacto do debate da Rede Globo no eleitorado. O embate, transmitido na última quinta-feira (29/9), contou com a presença de Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe D'Ávila (Novo), Padre Kelmon (PTB) e Soraya Thronicke (União Brasil). O debate foi marcado pela dura troca de acusações entre os dois líderes de intenção de votos, que polarizam a corrida eleitoral, e por uma série de pedidos de direito de resposta, a maioria atendida pela produção do programa.
O presidente Jair Bolsonaro (PL), com uma postura bastante agressiva, baseou suas acusações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas denúncias de corrupção que marcaram os governos petistas. Lula também foi incisivo em seus disparos contra o adversário.
Lula e Bolsonaro foram dominantes, principalmente no primeiro bloco. O mediador da emissora, William Bonner, teve trabalho para administrar tantos direitos de resposta concedidos.
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