A primeira-dama Michelle disse hoje que os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) darão amanhã uma resposta nas urnas de que "o bem vai prevalecer". Em discurso de tom religioso na Esplanada dos Ministérios, Michelle afirmou que a eleição é um "momento decisivo" e que os "ataques" contra o chefe do Executivo são contra os "princípios e valores" de Deus. "As portas do inferno não prevalecerão", declarou, acompanhada da ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves, que concorre a uma vaga no Senado pelo Distrito Federal.
Durante a campanha, Michelle passou a acompanhar Bolsonaro em atos religiosos para tentar alavancar a votação do presidente entre as mulheres, principalmente evangélicas. Assim como o presidente, ela compara a eleição a uma "luta entre o bem e o mal". Nas últimas semanas, contudo, a primeira-dama passou a se dedicar mais à tentativa de impulsionar a candidatura de Damares, que disputa um assento no Legislativo contra a ex-ministra da Secretaria de Governo Flávia Arruda, do partido do presidente.
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"As portas do inferno não prevalecerão contra a igreja do senhor, as portas do inferno não prevalecerão contra as nossas famílias, a porta do inferno não prevalecerá contra nossa nação brasileira", disse Michelle, de cima de um trio elétrico na Esplanada. "Queridos, é um momento decisivo. Amanhã é o momento onde nós daremos a resposta nas urnas, daremos a resposta de que o bem vai prevalecer, em nome de Jesus, porque os ataques não são contra mim, não são contra o presidente, não são contra os ministros, mas são contra os princípios e valores de Deus", emendou.
Ao chegar ao ato político, Michelle disse que havia se atrasado porque estava orando pelo País. "Nós cremos que algo novo o senhor fará, algo novo está acontecendo, porque, quando a igreja se levanta, o principado cai. E nós cremos na nossa Nação, confiamos que Deus está olhando por nós. Nunca na história se reuniu tanto patriota com amor no coração", pregou.
Enquanto isso, Bolsonaro participou nesta manhã de uma motociata em São Paulo, com o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, que concorre ao governo do Estado, e o ex-titular da Ciência e Tecnologia Marcos Pontes, que disputa uma vaga no Senado por SP. O QG bolsonarista decidiu manter foco total no Sudeste, que concentra os três maiores colégios eleitorais, para tentar evitar uma vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto, no primeiro turno.
Nos últimos dias, Bolsonaro também passou a pregar contra o voto útil, estratégia adotada pela campanha de Lula para tentar "liquidar a fatura" neste domingo. Em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta semana, o presidente disse que os eleitores devem votar em seu candidato favorito. O cenário ideal para o chefe do Executivo é que as candidaturas de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) não desidratem na reta final, o que poderia ajudar o petista.