O presidente Jair Bolsonaro (PL) retornou no meio da tarde desta segunda-feira (31/10) ao Palácio da Alvorada após ter cumprido expediente durante parte do dia no Planalto. Pela manhã, na residência oficial, o chefe do Executivo recebeu aliados como o vice de sua chapa, Walter Braga Netto, além do filho, o senador Flávio Bolsonaro, o ajudante de ordens, Major Cid, e outros assessores. Eles também estiveram no Planalto à tarde, além do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, Flávia Arruda, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.
Ao retornar à residência oficial, por volta das 16h, Bolsonaro não falou com a imprensa e quase um dia após a derrota sofrida nas eleições contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em silêncio. A assessoria palaciana informou que não há previsão do chefe do Executivo se pronunciar nesta segunda-feira.
Mais cedo, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, foi a primeira da família a comentar o resultado das urnas. Ela compartilhou um trecho bíblico sobre a "verdade". "Salmos 117: Louvai ao senhor todas as nações, louvai-o todos os povos. Porque a sua benignidade é grande para conosco, e a verdade do Senhor dura para sempre. Louvai ao Senhor", escreveu nos stories.
“Obrigado a cada um que nos ajudou a resgatar o patriotismo, que orou, rezou, foi para as ruas, deu seu suor pelo país que está dando certo e deu a Bolsonaro a maior votação de sua vida! Vamos erguer a cabeça e não vamos desistir do nosso Brasil! Deus no comando!”, escreveu.
Minutos depois, Flavio escreveu uma mensagem direcionada ao pai. "Pai, estou contigo pro que der e vier!", pontuou. Bolsonaro é o presidente que mais demorou a reconhecer o resultado das urnas no dia e o primeiro no comando do país a não ser reeleito.
Neste domingo (30/10), Bolsonaro preferiu se recolher. Apoiadores que acompanharam a apuração na Esplanada se dirigiram ao Palácio da Alvorada com vuvuzelas e fogos de artifício chamando pelo chefe do Executivo ao som de "Bolsonaro, cadê você, eu vim aqui só para te ver" e "A nossa bandeira jamais será vermelha", além de "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão". No entanto, os apelos dos bolsonaristas não foram atendidos e as luzes da residência oficial foram apagadas por volta das 22h.
Entre os líderes mundiais que reconheceram Lula como presidente estão Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal; Emmanuel Macron, presidente da França; Joe Biden, presidente dos Estados Unidos e Gabriel Boric, do Chile.
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