Eleições 2022

'CB.Poder especial' apresenta olhar apurado do 2º turno das eleições

Cobertura do segundo turno mobilizou profissionais do Correio, da TV Brasília e da rádio Clube FM. Além de divulgar, minuto a minuto, os números da votação, os jornalistas compartilharam análises com convidados

Edis Henrique Peres
postado em 31/10/2022 03:55 / atualizado em 31/10/2022 11:16
 (crédito:  Wanderlei Pozzembom-)
(crédito: Wanderlei Pozzembom-)

Os profissionais do Correio Braziliense, da TV Brasília e da Rádio Clube FM ofereceram uma cobertura especial da eleição de 2022. A série de entrevistas e debates começou às 16h, em transmissão simultânea nos veículos e nas redes sociais.

Com a participação de autoridades, de políticos ligados aos dois presidenciáveis e de especialistas, a disputa pelo pleito foi acompanhada em tempo real e alcançou mais de 61.920 internautas e 180 milhões de visualizações pelo site. Além do resumo dos acontecimentos, à medida que os números das urnas se tornavam públicos, analistas e convidados especiais se revezavam para repercutir o cenário das eleições.

O primeiro a participar foi o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), Roberval Belinati. Ele comentou a eleição no exterior, sob responsabilidade do TRE-DF. Para o segundo turno, o desembargador informou que 697 mil brasileiros se cadastraram para votar. "No primeiro turno, tivemos muito problemas nos 102 países: má administração, abstenção gigantesca — mais de 50% se cadastraram para votar e não compareceram —, e erro na distribuição dos locais", contou. No entanto, para este turno, 75 assessores atuaram para viabilizar o sucesso da votação no exterior e Roberval pontuou que os erros tinham sido corrigidos.

Segundo convidado na cobertura especial, o cientista político Leonardo Barreto avaliou o cenário da polarização do Brasil. "O ideal é que a gente prepare o país para que gerações construídas já sob a democracia possam assumir o destino da nação. A elite brasileira está fraturada e isso vem, de uma maneira muito forte, desde 2014. Quando a elite fica fraturada, um dos principais sintomas sentidos na democracia, é quando elas passam a discordar na solução de conflitos", pontuou.

Por sua vez, a deputada federal reeleita pelo DF, Bia Kicis (PL) comentou o episódio em que a parlamentar Carla Zambelli, do mesmo partido e cargo por São Paulo, empunhou uma arma para um homem no estado paulista. "Vamos apurar e ver até onde a Carla atuou em legítima defesa", defendeu Bia Kicis.

A bancada do CB.Poder também recebeu Geraldo Magela, ex-coordenador da campanha de Lula na capital do país. O petista avaliou a vitória de Jair Bolsonaro com mais de 15% de folga contra Lula no DF. "Se você considera que, no primeiro turno, o Lula teve 36,8% e o Bolsonaro mais de 51% e agora nós aumentamos a nossa votação, é claro que aumentou a diferença. Ele não poderia vir mais do que veio no DF, porque temos aqui pouco mais do 1,5% do eleitorado do país inteiro", opinou.

As análises políticas continuaram no CB Especial com Wagner Parente, CEO da BMJ Consultores Associados. O especialista avaliou o percurso de Lula como ex-presidente da República, investigado da Lava-Jato e novamente reeleito. "O Brasil falhou em formar novas lideranças para o governo. Talvez apareçam novas lideranças para os dois lados, mas no PT houve um problema muito grave, uma falha, lá atrás, do Lula formar uma aliança mais palatável", observou.

Paulo Kramer, cientista político, avaliou que, ao colocar a faixa presidencial, Lula tem um difícil desafio. "Se esse novo Congresso é mais conservador que os Congressos anteriores e se de fato decidir peitar um presidente de esquerda, o presidente certamente vai se sentir tentado a recorrer ao poder Judiciário. Até porque, nesta eleição, nós brasileiros fomos submetidos a uma parte do judiciário querendo que a gente aceitasse a ditadura da toga e parece que metade do eleitorado resolveu não se acostumar", ponderou.

Além de analisar o processo eleitoral, a cobertura especial atualizava constantemente os números das urnas, com o jornalista Lucas Móbille. Na bancada, os convidados compartilharam suas impressões com os jornalistas Ana Maria Campos, Carlos Alexandre de Souza, Denise Rothenburg, Roberto Fonseca e Vinícius Doria.

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