Em pronunciamento após o resultado das eleições — que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República, na noite deste domingo (30/10), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, exaltou as urnas eletrônicas e o trabalho das instituições envolvidas no pleito. O magistrado disse que o povo brasileiro provou a confiabilidade do processo eleitoral brasileiro.
"Urnas eletrônicas são patrimônio nacional e espero que, a partir dessa eleição, finalmente cessem as agressões ao sistema eleitoral, cessem os discursos fantasiosos, as notícias fraudulentas, as notícias criminosas contra as urnas eletrônicas, porque quem novamente atestou a credibilidade das urnas eletrônicas foi o povo brasileiro", disse Moraes, em coletiva de imprensa.
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O presidente do TSE disse que, depois da divulgação dos resultados, ligou para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, e para o candidato derrotado, Jair Bolsonaro (PL).
"Conversei com o candidato, agora eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e com o atual presidente, Jair Messias Bolsonaro, dizendo que a Justiça Eleitoral estava apta e iria proclamar o resultado oficial das eleições", afirmou. Ele disse que cumprimentou os dois "por terem participado do mais importante momento da democracia, que é o momento das eleições".
O ministro ainda afirmou que as eleições ocorreram de forma pacífica e agradeceu o trabalho das instituições envolvidas no processo eleitoral.
Na coletiva de encerramento das eleições, também participam ministros do STF, do TSE, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, o procurador-geral da República, Augusto Aras, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, o corregedor nacional da Justiça, embaixadores e observadores internacionais.
Menor abstenção
Outro ponto de destaque, segundo Alexandre de Moraes, é a redução do número de abstenções no pleito que, historicamente, é maior no segundo turno. Ele ainda citou as denúncias dos eleitores do Nordeste que informaram sobre operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas estradas da região.
"Além da menor abstenção, tem uma diminuição dos votos brancos e nulos. O maior percentual de votos da história republicana desde a redemocratização do país. Não houve aumento na abstenção do Nordeste, como muitos estavam dizendo, em virtude da proliferação de notícias que serão apuradas", disse.
"E mais: nos três estados onde houve uma recorrência de denúncias sobre operações da PRF nesses três estados houve também uma diminuição da abstenção'', apontou Moraes. "Encerramos esse importantíssimo momento com o maior número de votos em candidatos da história brasileira. Percentualmente e em termos absolutos", disse.
"Tivemos 75,86% do eleitorado efetivamente escolhendo um dos dois candidatos a presidente da República", afirmou Moraes. "Uma eleição que demonstrou, nessa polarização, o aumento do número de votos nos candidatos, com uma diferença de 2 milhões e 100 mil votos, mas o mais importante é que, tanto no 1º quanto no 2º turno, tivemos uma eleição pacífica", ressaltou o magistrado.
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