São Paulo

Vídeo mostra que Carla Zambelli não foi empurrada por homem antes de sacar arma

A deputada bolsonarista caiu sozinha. Depois de se levantar, ela e seguranças perseguem o homem. No meio da perseguição, um disparo é efetuado

Fernanda Strickland
Pedro Grigori
postado em 29/10/2022 18:52 / atualizado em 29/10/2022 18:53
 (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
(crédito: Reprodução/Redes Sociais)

Um vídeo filmado por outro ângulo desmente a versão divulgada pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) sobre o motivo dela ter apontado uma arma para um homem no bairro dos Jardins, em São Paulo. A deputada bolsonarista disse que havia sido empurrada por "um homem negro" e "militante de Lula", e por isso o perseguiu. No entanto, o vídeo mostra que a deputada caiu sozinha. 

Confira o momento: 

 

Após tropeçar sozinha, Zambelli se levanta e corre atrás do homem acompanhada pelos seguranças dela. No meio da perseguição, dá para escutar um tiro, que não foi disparado por Zambelli. O vídeo mostra também que várias pessoas agrediram o homem.

Zambelli fez uma transmissão no Instagram e disse que está "juntando vídeos" para provar que "o grandão agrediu e cuspiu" nela. "É uma maldade a imprensa ficar dizendo que nós somos os agressores", diz. A deputada ainda completa dizendo que o homem não quis esperar a polícia chegar. "Uma pessoa inocente iria fugir?", questiona. 

 

 Zambelli diz que foi empurrada por "homem negro" e "militante de Lula"

Na tarde deste sábado, viralizou um vídeo mostrando a deputada Carla Zambelli com uma arma na mão perseguindo um homem pelo bairro de Jardins, em São Paulo. O caso ocorreu próximo a um ato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A deputada explicou o caso no Instagram, e disse que foi agredida pelo homem, que seria "um homem negro" e "militante de Lula". "Me chamaram de filha da puta", disse.

No vídeo, o homem aparece correndo no cruzamento das alamedas Lorena e Joaquim Eugênio. A pessoa que faz a gravação diz "é a Zambelli, é a Zambelli". Momentos depois, a deputada aparece com uma arma na mão, apontando em direção ao homem, e grita "pega ele". O homem tenta se esconder em um comércio. Zambelli entra no local e grita para ele: "deita no chão, deita no chão". 

Pelo Instagram, a deputada fez uma publicação explicando o caso. O vídeo tem a legenda "Militantes de Lula me cercaram e me agrediram quando eu saía do restaurante". "Acabei de fazer um boletim de ocorrência, pois fui agredida agora pouco. Me empurraram no chão, era um homem negro, pois escolheram um homem negro para vim em cima de mim, mas eram vários. Eu estava saindo do restaurante, eles tinham visto a gente antes, então me cercaram, e me empurraram, me machucaram. Eles me chamaram de filha da puta, de prostituta, me xingaram de várias coisas, cuspiu em mim", diz a deputada.

Logo depois, Zambelli diz que foi empurrada pelo homem. "Quando ele me empurrou, eu sai correndo atrás deles, disse que ele tinha que ficar aqui, para poder esperar a polícia chegar, aí ele se evadiu. Então, eu saquei a arma e sai correndo atrás dele, pedindo para ele parar. Ele ficou com medo, e parou dentro de um bar, e eu pedi para ele esperar, para dar flagrante nele. Nisso ele começou a pedir desculpa, porque estava filmando, acabando de filmar o pedido de desculpa, eu disse: ta bom, agora você pode ir. Então ele pegou e começou a fazer de novo", afirma Zambelli.

No vídeo, a deputada a deputada ainda diz que vem recebendo "muitas ameaças de mortes", e mais de "10 mil mensagens e 200 ligações". "Eu recebi várias mensagens, mas uma delas disse que ia dar tiro de 12 na minha cara. É daqui de SP, estou indo para a Polícia Civil, para notificar essa pessoa, para ela dar depoimento. Ele vai ser intimado", completa a deputada bolsonarista. 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação