Eleições 2022

Bolsonaro faz última motociata em BH e promete salário mínimo de R$ 1,4 mil

O presidente afirmou que, caso eleito, a partir de 2023, o salário mínimo vai subir para R$1.400. Zema, Braga Netto, Nikolas Ferreiras e outros aliados políticos também participaram do ato

Fernanda Strickland
Pedro Grigori
postado em 29/10/2022 16:32 / atualizado em 29/10/2022 16:34
O presidente Jair Bolsonaro acena durante ato de campanha em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 29 de outubro de 2022, na véspera do segundo turno das eleições presidenciais. -  (crédito:  DOUGLAS MAGNO / AFP)
O presidente Jair Bolsonaro acena durante ato de campanha em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 29 de outubro de 2022, na véspera do segundo turno das eleições presidenciais. - (crédito: DOUGLAS MAGNO / AFP)

O candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) realizou a última motociata programada para a campanha de segundo turno, neste sábado (29/10), em Belo Horizonte. O presidente iniciou o ato na Avenida Álvaro Antônio, no Barreiro, e seguiu em carro aberto para a Praça da Liberdade, na Região Centro Sul, onde fez parte do trajeto de moto — sem capacete, como de costume. 

Por conta legislação eleitoral, que não permite que candidatos discursem na véspera da eleição, Bolsonaro não falou aos apoiadores. Mas em contato breve, no encerramento, repetiu a promessa feita no debate da Rede Globo, de reajustar o salário mínimo para R$ 1400 em 2023. 

Salário Mínimo de R$ 1400 reais!!!
Todos no 22 com Pr ?@jairbolsonaro?
pic.twitter.com/IBntVJgnnN

Bolsonaro rodou BH junto ao governador reeleito e coordenador da campanha Romeu Zema (Novo) e o vice, Matheus Simões; o candidato à vice-presidência, Walter Braga Netto (PL); os deputados federais eleitos Nikolas Ferreira (PL), Bruno Engler (PL) e Marcelo Álvaro Antônio (PL); e os senadores eleitos Marcos Pontes (PL) e Cleitinho Azevedo (PSC).

Confira fotos do ato:

  • Apoiadores do presidente do Brasil e candidato à reeleição Jair Bolsonaro participam de um comício de campanha em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, em 29 de outubro de 2022, na véspera do segundo turno da eleição presidencial. DOUGLAS MAGNO / AFP
  • Apoiador do presidente do Brasil e candidato à reeleição Jair Bolsonaro participa de um comício de campanha em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, em 29 de outubro de 2022, na véspera do segundo turno das eleições presidenciais. DOUGLAS MAGNO / AFP
  • Apoiador do presidente do Brasil e candidato à reeleição Jair Bolsonaro comemora durante um comício de campanha em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, em 29 de outubro de 2022, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais. DOUGLAS MAGNO / AFP

De acordo com o jornal Estado de Minas, além das lideranças políticas, outros apoiadores do candidato participaram do ato como o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe; a dupla sertaneja César Menotti e Fabiano; e lideranças religiosas que organizaram eventos de campanha com o presidente e a primeira-dama em Minas Gerais, os pastores Jorge Linhares e Daniela Linhares, da Igreja Batista Getsêmani.

Minas Gerais foi o estado que recebeu mais visitas de Bolsonaro e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o segundo turno. Visto como um "estado chave", onde o vencedor sempre ganha a eleição nacional, o primeiro turno em MG teve Lula como vencedor, com 48,29%, contra 43,6% de Bolsonaro. No entanto, na capital BH, Bolsonaro ganhou de 46,6% contra 42,53%. 

Minas é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 12.655.228 eleitores no primeiro turno, atrás somente de São Paulo - com 27.189.714 votos.

Promessa feita no debate

Logo no primeiro bloco do debate da Rede Globo, Bolsonaro prometeu reajustar o salário mínimo para R$ 1.400 caso seja reeleito. "Mesmo assim, com pandemia, com falta d'água, concedemos reajuste para aposentados e majoramos o salário mínimo. Tanto é verdade que acertamos a economia que eu posso anunciar que o novo salário mínimo será de R$ 1.400."

Entretanto, o salário mínimo vai completar quatro anos seguidos sem receber aumento real, isto é, sem ganhar poder de compra. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), encaminhado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Congresso, na última quarta-feira, prevê que o piso nacional passará dos atuais R$ 1.212 para R$ 1.302 em janeiro de 2023.

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