O atual presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) voltou a acusar a bancada do Partido dos Trabalhadores, ao qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pertence, de ter votado contra a implementação do Auxílio Brasil, programa de distribuição de renda instituído no fim do ano de 2021, em substituição ao Bolsa Família, criado no governo petista.
“Toda a bancada do PT na Câmara votou contra o Auxílio Brasil. Lula, você quer que o povo passe fome”, acusou Bolsonaro. “Você é um verdadeiro farsante, começando pela escolha do seu candidato a vice”, afirmou o atual presidente, referindo-se ao vice da chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB). Lula e Bolsonaro se enfrentam, nesta sexta-feira (28/10), no debate promovido pela TV Globo.
A afirmação de que a bancada petista votou contra o Auxílio é comprovadamente falsa. Os deputados, na verdade, votaram contra a PEC Emergencial, que flexibilizava as regras fiscais com intuito de estender o pagamento do auxílio emergencial. Os parlamentares do PT defenderam que fosse votado separadamente o trecho da proposta que tratava do benefício, sem sucesso. A maioria da bancada votou contra a íntegra da PEC Emergencial.
O programa Auxílio Brasil, no valor de R$ 600, foi visto como uma das estratégias para a reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Em seu plano de governo, o atual mandatário promete manter o valor do benefício. No entanto, no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado ao Congresso Nacional para 2023, o Executivo previu o valor médio de R$ 405.
O valor atual, que será pago até dezembro aos beneficiários, foi aprovado pelo Congresso na PEC que concedeu benefícios em meio ao período eleitoral — estratégia eleitoreira, segundo a oposição no parlamento. Já Lula prometeu que, caso seja eleito, além dos R$ 600, irá conceder para cada filho menor de seis anos de idade um valor adicional de R$ 150.
A partir das 21h30 desta sexta-feira (28/10), os dois candidatos à Presidência participarão do último confronto direto antes do segundo turno das eleições.
— Correio Braziliense (@correio) October 28, 2022
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