Eleições 2022

Praça dos Três Poderes terá segurança reforçada no dia da eleição

Áreas de prédios sensíveis, como o do STF e o do TSE serão cercadas por grades, terão a proteção da PM e equipes de segurança dos próprios prédios

Correio Braziliense
postado em 29/10/2022 03:55 / atualizado em 29/10/2022 17:48
 (crédito: Alan Santos/PR)
(crédito: Alan Santos/PR)

A segurança dos Tribunais Superiores e da Praça dos Três Poderes, em Brasília, estará reforçada amanhã, quando acontecerá o segundo turno da eleição presidencial. Serão destacados policiais para acompanharem juízes eleitorais e o ministros das Cortes, que têm sido alvo de ameaças. As forças de segurança também já trabalham para proteger os locais que guardam as urnas eletrônicas.

As áreas de prédios sensíveis, como o do Supremo Tribunal Federal e o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — principais alvos dos discursos de ataques às instituições — serão cercadas por grades e terão a proteção da Polícia Militar (PM), além das equipes de segurança dos próprios prédios. O setor central de Brasília, que concentra o Congresso, o Palácio do Planalto e os ministérios da Justiça e Segurança Pública e das Relações Exteriores também deverá ficar com o acesso restrito. Já na tarde de ontem, o acesso de veículos à Praça dos Três Poderes estava bloqueado.

De acordo com o governo do DF, todos os 610 locais de votação e os 20 juntas de apuração dos votos terão aumento no policiamento Equipes da PM, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Civil, que atuarão para evitar tumultos e distúrbios civis, com folgas canceladas dos profissionais de segurança, com todo o efetivo de prontidão caso necessário.

Apoiadores do petista Luiz Inácio Lula da Silva se reunirão na área da Torre de TV, a partir das 17h de amanhã para acompanhar a apuração. Já os bolsonaristas estarão na Esplanada dos Ministérios. O secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo, afirmou que o número do efetivo que trabalhará no dia da eleição não será divulgado por questões de segurança, mas ressaltou que todos os agentes estarão de prontidão caso precisem ser acionados.

Boca de urna

No restante do país, a PF e a PRF executarão a Operação Eleições 2022 — 2º turno. De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, o foco para esta etapa das eleições será o combate à boca de urna e à compra de votos.

"Esse tipo de crime não será tolerado pelas polícias Federal e Rodoviária Federal, que estão prontas para reprimi-los", reforçou o ministro. Torres afirmou que desde o início da campanha eleitoral, foram apreendidos mais de R$ 10 milhões, em espécie, relacionados à suspeita de compra de votos.

Serão 10 mil homens da PF e da PRF trabalhando para garantir a segurança. No total, cerca de 500 mil profissionais estarão nas ruas para garantir o direito de voto e evitar os crimes eleitorais. O efetivo estará mobilizado nos 26 estados e no Distrito Federal em zonas eleitorais, locais de votação e de apuração, vias públicas e estações de transporte.

"O Brasil está pronto para o segundo turno no que diz respeito à segurança das eleições. O nosso recado é de tranquilidade, para o eleitor exercer livremente o seu direito", observou.

De 15 de agosto — quando teve início o período eleitoral — até 2 de outubro, 441 pessoas foram presas durante a operação. Foram registrados 1.634 crimes e a maioria dos flagrantes (444) foi por boca de urna, seguido por compra e/ou venda de votos (198) e violação de sigilo (76). O Ministério da Justiça e Segurança Pública registrou, somente no primeiro turno, no último dia 2, 1.378 crimes eleitorais, efetuou 352 prisões e apreendeu R$ 137 mil.

A ação da PF e da PRF será acompanhada, em tempo real, por representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), das polícias Civil e Militar dos estados, dos corpos de Bombeiro Militar, do Ministério da Defesa, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), das secretarias de Segurança Pública dos estados e da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec). (Colaborou Gabriela Ornelas)

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