Candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o seu plano de governo prevê uma compensação para os estados que preservam o meio ambiente. Segundo Lula, está provado cientificamente que não precisa desmatar a floresta para plantar soja, milho, ou criar gado.
O candidato acredita que o país já possui muitas terras degradadas que permitem até duplicar a produção dos alimentos do Brasil sem precisar derrubar uma árvore. A entrevista foi concedida à Rádio Mix de Manaus na manhã desta manhã (26/10).
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“O estado tem que ter uma compensação. É preciso ter uma política de incentivo e fazer um estudo profundo, até com cientistas internacionais, para pesquisar profundamente a biodiversidade da Amazônia. E extrair dessa biodiversidade produtos para uma indústria de fármacos ou de cosméticos, por exemplo”, afirmou.
Lula conversa com a Rádio Mix deManaus https://t.co/Lyw20p3V8T
— Lula 13 (@LulaOficial) October 26, 2022
“O mundo tem que fazer um esforço para ajudar o Brasil a cuidar da Amazônia sem abrir mão da sua soberania. Sabemos da importância dessa região para o clima do planeta Terra”, ressaltou.
Autossufiência de fertilizantes
Com a guerra na Ucrânia, o Brasil ficou refém de fertilizantes da Rússia. O Amazonas têm gás rico em nitrogênio, fosfato de alta qualidade, três depósitos de classe mundial de potássio com valor estimado de US$ 310 bilhões, mas o Brasil só produz 5% dos fertilizantes que necessita, mesmo sendo o maior importador de potássio do mundo.
Segundo Lula, como antes da guerra o fertilizante era barato, nunca se levou a sério a autossuficiência em fertilizantes. “Com a guerra na Ucrânia, descobrimos que precisamos de fertilizantes para que a terra possa produzir mais. Mas precisamos tomar cuidado para não prejudicar outros setores.”
O candidato explicou ainda que, no seu governo, a Petrobras tinha a concessão de uma área grande na Amazônia que tinha muito potássio, mas não podia jogar rejeitos nos rios do Amazonas. “Vamos estudar essa questão. Quero que o Brasil seja autossuficiente em todos os fertilizantes e nós vamos trabalhar muito para ver o que pode ser feito na Amazônia sem prejudicar a floresta”, explicou.
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“O estado tem que ter uma compensação. É preciso ter uma política de incentivo e fazer um estudo profundo, até com cientistas internacionais, para pesquisar profundamente a biodiversidade da Amazônia. E extrair dessa biodiversidade produtos para uma indústria de fármacos ou de cosméticos, por exemplo”, afirmou.
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