São Paulo - O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles ressaltou que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tem “cheque assinado”. Ele utilizou o termo para traçar um paralelo com Jair Bolsonaro (PL), citando que o presidente quer “cheque em branco, pois estourou a parte fiscal, levou a inflação para a lua, e o Banco Central subiu a taxa de juros”.
Especulado como próximo ministro da Economia, caso o petista seja eleito, ele discursou a favor do ex-presidente em um Ato em Defesa da Democracia, nesta segunda-feira (24/10), em São Paulo.
“Eterno presidente Lula não só foi o melhor presidente da história do Brasil, como fará ainda mais a partir de segunda ou domingo. A partir de 1º de janeiro então, vamos já ver outro Brasil. Um Brasil com otimismo, força, dinâmica e capacidade de trabalhar. O povo brasileiro é criativo e trabalhador, mas precisa de emprego, renda e alimentação", disse.
Ele relembrou o governo do petista, quando esteve no comando do Banco Central. "No governo do Lula, o Brasil criou 11 milhões de empregos; 40 milhões de brasileiros saíram da linha da miséria absoluta e foram para a classe média. Isso é a verdadeira responsabilidade", afirmou.
Lula x Bolsonaro
Meirelles ainda comparou Lula com Jair Bolsonaro (PL): “Algumas pessoas falam: 'E o cheque?'. O Lula quer um cheque em branco? Não, quem quer cheque em branco é o Bolsonaro, que estourou a parte fiscal, levou a inflação para a lua, o Banco Central subiu a taxa de juros, e tem 30 milhões de desempregados. Isso aí, sim, é querer um cheque em branco. O Lula, não, o cheque dele está assinado. Ele já trabalhou, já criou empregos e gerou renda. Agora é questão de chegarmos domingo com força e energia para ganharmos essa eleição histórica do Brasil".
Por fim, Meirelles destacou que o petista retomará uma economia reconhecida internacionalmente. “Quando Lula esteve no poder, nós estivemos nas principais capas de revistas de economia internacionais. Algo contrário à atuação atual, em que o Brasil está completamente desmoralizado internacionalmente. Não somente no meio-ambiente, não só do descaso na pandemia. É também pelo desempenho do governo. Vamos renovar as energias a partir de hoje. Vamos em frente e ganhar a eleição, de longe", concluiu.
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