O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por quatro tentativas de homicídio. Durante o tumultuado cumprimento do mandado de prisão neste domingo (23/10), dois agentes feridos com estilhaços e outros dois, que estavam em uma viatura que foi alvo de disparos, não chegaram a ser atingidos.
Jefferson se entregou no início da noite de ontem após oito horas de descumprimento da ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar atacou policiais que foram a Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, para cumprir um mandado de prisão. Na chegada dos agentes, por volta das 11h, Jefferson jogou três granadas e deu tiros de fuzil.
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Inicialmente, Moraes tinha expedido um mandado de prisão contra Jefferson por ele ter violado medidas de prisão domiciliar. Depois, o ministro mandou prendê-lo em flagrante sob a acusação de tentativa de homicídio.
Dois policiais estavam dentro de uma viatura que foi alvejada e outros dois foram feridos por estilhaços, sem gravidade: o delegado Marcelo Vilella, que teria sido atingido na cabeça e na perna, e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira, ferida na cabeça. Os dois foram atendidos em um hospital da região e já tiveram alta.
Segundo o Exército, a licença do ex-deputado estava suspensa e que ele não poderia ter ou transportar armas fora de Brasília. Por conta do descumprimento, foi aberto um processo administrativo para apurar o caso e a Polícia Federal instaurou inquérito na esfera criminal.
Revogação da prisão domiciliar
Jefferson perdeu o direito à prisão domiciliar por ter desrespeitado as medidas cautelares impostas pelo STF. Ele havia recebido o benefício em janeiro deste ano, mediante o cumprimento de medidas como a proibição do uso de redes sociais e de dar entrevista sem autorização judicial, que foram descumpridas pelo parlamentar diversas vezes.
O ex-deputado, que já é conhecido por tumultuar o processo eleitoral e atacar instituições democráticas, estava em domiciliar pelo inquérito das milícias digitais. Após a divulgação de um vídeo na última sexta-feira (21) em que ele distribui ofensas à ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Cármen Lúcia, Moraes determinou a sua volta ao regime fechado.
O parlamentar chegou no início da madrugada desta segunda-feira (24) ao Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ainda hoje, ele deve ser transferido para Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó.
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