Ao lado de Lula, Tebet critica Bolsonaro: 'Não respeita as mulheres'

Para a senadora, Bolsonaro 'flerta com o autoritarismo, militariza a política e politiza as forças armadas'

Ana Mendonça - Estado de Minas

postado em 21/10/2022 16:42 / atualizado em 21/10/2022 16:43

A senadora citou ainda a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, na qual fez parte e afirmou que Bolsonaro 'virou as costas quando o Brasil mais precisou do seu presidente' - (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/DAPRESS)

A senadora Simone Tebet (MDB) disse, durante coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (21/10), em Juiz de Fora, na Zona da Mata, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) “não respeita as mulheres”.

Para a senadora, Bolsonaro “ flerta com o autoritarismo, militariza a política e politiza as forças armadas”.

“Portanto, eu estou aqui ao lado do único candidato que é democrata. Mais do que isso, eu não aceitaria jamais estar ao lado de um presidente que é desumano, que não ama as pessoas e não coloca as pessoas em primeiro lugar. E foi isso que nós vimos, lamentavelmente, nesses três anos e meio de governo de Bolsonaro”, afirmou.

A senadora citou ainda a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, na qual fez parte e afirmou que Bolsonaro “virou as costas quando o Brasil mais precisou do seu presidente".

"Isso resultou em centenas de milhares de mortes prematuras. Mães chorando sobre o leito dos seus filhos e vendo um presidente andando de motociata e incapaz de entrar em um hospital para abraçar uma mãe”, disse.

“Mais do que isso, eu me recuso de estar ao lado que não respeita as mulheres brasileiras e por isso não respeita as famílias brasileiras. Que agride constantemente a mulher e acha que a mulher tem que receber um salário menor porque ela engravida, que acha que é natural dizer que 'pintou um clima' com adolescentes de 14, 15 anos. Isso é crime e é crime de pedofilia”, seguiu.

Para Tebet, é inadmissível “querer dividir o povo até na sua fé”. “Católicos, evangélicos, espíritas, sempre fomos todos muito unidos e agora virou uma guerra santa. E é contra tudo isso que eu estou com o presidente Lula”, concluiu.

Essa é a primeira vez que a senadora participa de um ato ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista visita pela segunda vez, no segundo turno, Minas Gerais.