O Ministério Público Eleitoral pediu à Polícia Federal que investigue suposta coação que teria sido cometida pelo diretor administrativo e financeiro da Agência de Fomento de Goiás (GoiásFomento) Lucas Fernandes Andrade. De acordo com denúncia encaminhada à Promotoria Eleitoral em Goiás, o executivo teria chegado a ordenar que um funcionário colocasse em seu perfil no celular uma foto se colocando como eleitor do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, sob pena de demissão.
Notícia de fato encaminhada ao MP Eleitoral também narrou que o diretor da GoiásFomento estaria ameaçando servidores de demissão caso votassem em Lula no segundo turno. As mesmas ameaças também teriam sido feitas a quem não votasse ou não fizesse campanha para Bolsonaro.
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Já o servidor que recebeu a suposta ordem para colocar em seu celular uma foto em apoio ao presidente, que busca permanecer mais quatro anos no Palácio do Planalto, teria antes manifestado seu apoio a Lula. Andrade também teria determinado que o funcionário declarasse voto no presidente, sendo que caso não o fizesse seria demitido.
O promotor eleitoral Haroldo Caetano requereu à PF a realização preliminar de diligências investigatórias, ouvindo as pessoas identificadas na representação recebida pelo Ministério Público. As informações foram divulgadas pela Promotoria.
Caetano viu 'presença de indícios suficientes' de crime apontado no artigo 300 do Código Eleitoral - 'valer-se o servidor público da sua autoridade para coagir alguém a votar ou não votar em determinado candidato ou partido',
Segundo a Procuradoria, a pena prevista para esse tipo de delito é a de detenção de até seis meses e pagamento de multa.
COM A PALAVRA, A AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS
Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato, por e-mail, com a Agência, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestações.
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