O presidente do partido Novo Eduardo Ribeiro disse na terça-feira (18/10), em entrevista a uma coluna do Estadão que, ao contrário do que afirmou o fundador e ex-presidente do partido, o empresário João Amoêdo, a nota divulgada pela legenda após o primeiro turno das eleições, liberando o voto dos filiados nesta segunda fase do pleito, não "autoriza" a opção pelo candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à presidência da República.
“Na nota, nós nos colocamos claramente contra o PT. Reforçamos que o PT e o lulismo são contrários a tudo o que a gente sempre defendeu”, disse Ribeiro. “No Novo, tem gente que gosta do Bolsonaro e vai votar nele, tem gente que vai votar a contragosto no Bolsonaro e tem gente que não vota de jeito nenhum no Bolsonaro e prefere anular o voto. Mas ninguém vai votar no Lula", pontuou o presidente do Novo.
Vergonhosa, constrangedora e incoerente a declaração de voto de João Amoêdo em Lula.
— Eduardo Ribeiro (@eduardorodrigo) October 15, 2022
O PT e o Lula representam tudo o que o nosso partido sempre combateu.
Essa é a prova final de que o Novo nunca mudou, quem mudou foi o João.
Ribeiro classificou a declaração de voto de Amoêdo em Lula como “vergonhosa” e “uma decepção muito grande”.
O político também justificou a explicação sobre a nota da legenda dizendo acreditar que a posição do empresário poderia influenciar a imagem do partido frente aos seus coligionários.
“Como a imagem do João é muito associada ao Novo, muita gente iria achar que o partido estava apoiando o Lula", disse.
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