Em reunião com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, nesta segunda-feira (17/10), representantes da Frente Brasil da Esperança, que representa o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediram medidas para desarticular uma “rede de produção de fake news”. Segundo o grupo, a disseminação está ligada a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) — que tenta reeleição ao cargo.
Após a reunião, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, afirmou ter a sensação de que o TSE está apenas "enxugando gelo" quando determina a derrubada de propagandas eleitorais e publicações nas redes sociais com conteúdos que promovem desinformação.
"O problema é que a sensação que nós temos é de que estamos enxugando gelo, que não dá para retirar apenas a propaganda. Nós temos um esquema no país de produção, coordenação e operacionalização de fake news", afirmou.
Ontem, os petistas apresentaram ao TSE um pedido de investigação a respeito de um suposto "ecossistema de desinformação" promovido pelo presidente Bolsonaro e seus apoiadores. Para os representantes, as ações são capitaneadas pelos três filhos do chefe do Executivo: senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Entre outras providências, a coligação pede a derrubada das contas das redes sociais, determinação de quebra de sigilos bancários, telefônicos e telemáticos de todos os envolvidos na investigação. Aos jornalistas, Gleisi Hoffmann informou que a peça será analisada por Moraes.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse ter "convicção" que essa suposta rede teria atuado durante o primeiro turno. "Temos consciência que essa rede criminosa atuará já a partir do início desta semana, disseminando mentiras para tentar reverter a desvantagem que o atual presidente da República tem e é apontado em todas as pesquisas de opinião", declarou.
Reunião no STF
Antes da reunião no TSE, a campanha de Lula se encontrou com o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir sobre a ampliação do transporte público no dia da votação do segundo turno. Eles falaram sobre o andamento da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1013 — que trata do transporte no dia do pleito. Em nota, Barroso disse que vai analisar os pedidos com a maior brevidade possível.
“O grupo fez ainda um pedido alternativo que leva em conta três pontos: 1) garantir que prefeitos e concessionárias que queiram oferecer transporte gratuito não sejam alvo de punições, como ações de improbidade ou eleitorais; 2) possibilitar o uso de ônibus escolares para transporte; 3) determinar o cumprimento da lei 6091/1974 para garantir requisição de transporte nas zonas rurais”, disse o ministro do STF.
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