Eleições 2022

Randolfe pede ao STF proteção de meninas venezuelanas citadas por Bolsonaro

Bolsonaro disse que 'pintou um clima' com venezuelanas menores de idade e sugeriu que havia prática de prostituição infantil na comunidade Morro da Cruz

Ana Mendonça - Estado de Minas
postado em 17/10/2022 19:03 / atualizado em 17/10/2022 19:03
Para o senador, existe uma 'insistência de assédio por parte de Bolsonaro e seus cúmplices' -  (crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Para o senador, existe uma 'insistência de assédio por parte de Bolsonaro e seus cúmplices' - (crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ingressou com uma medida protetiva no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Comissão de Direitos Humanos do Senado para proteger as garotas venezuelanas citadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para o senador, existe uma “insistência de assédio por parte de Bolsonaro e seus cúmplices”.

“Meninas mais uma vez vítimas daqueles que usam o povo de forma criminosa”, escreveu.

Na sexta-feira (14/10), Bolsonaro disse que "pintou um clima" com venezuelanas menores de idade e sugeriu que havia prática de prostituição infantil na comunidade Morro da Cruz, em São Sebastião (DF).

"Parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três ou quatro, bonitas. De 14, 15 anos. Arrumadinhas, num sábado, numa comunidade. Vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. 'Posso entrar na tua casa?' Entrei", iniciou.

"Tinha umas 15 a 20 meninas, num sábado de manhã, se arrumando. Todas venezuelanas. Eu pergunto: meninas bonitinhas, 14, 15 anos se arrumando no sábado. Pra quê? Ganhar a vida!", completou posteriormente.

Bolsonaro, por sua vez, alegou que a frase foi tirada de contexto pelos opositores.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou no domingo (16/10) que o Partido dos Trabalhadores retire vídeos com a declaração do presidente do ar.

Segundo a decisão de Moraes, a correlação da frase com a pedofilia é um "fato sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual".

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