Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) travaram uma queda de braço no debate desta noite em torno da condução da pandemia pelo governo federal. O petista acusou o candidato à reeleição de atraso na compra de vacinas e citou a CPI, enquanto o chefe do Executivo defendeu sua gestão e voltou a falar em tratamento precoce, comprovadamente ineficaz para o novo coronavírus.
"Vergonha é você carregar morte de 400 mil pessoas que poderiam ter sido evitadas se tivesse comprado vacina no tempo correto. A ciência fala isso todo dia. O senhor recebeu proposta de vacina muito cedo e não quis comprar porque não acreditava", declarou Lula no debate. "O senhor não se dignou a visitar uma família que morreu de covid", acrescentou.
Bolsonaro respondeu que se preocupou com cada morte no Brasil. "Todas as vacinas foram compradas pelo governo federal. Nos orgulhamos desse trabalho e salvamos vidas", declarou o candidato à reeleição.
Lula lembrou o episódio em que o adversário imitou pacientes com covid morrendo de falta de ar. "O senhor debochou, riu", afirmou o petista, que também lembrou a vacinação contra o H1N1 em seu governo.
Ao reagir, o chefe do Executivo afirmou que foi contra o "protocolo Mandetta". "A vacina não é para quem está contaminado, é para quem ainda não foi contaminado. A questão do tratamento precoce, tendo ou não comprovação cientifica, tirou-se a autonomia do médico. A história mostrará quem está com a razão", defendeu Bolsonaro.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.