O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que "o destino do [Jair] Bolsonaro (PL) já está traçado". Segundo o petista, o chefe do Executivo terá que entregar a faixa presidencial em 1º de janeiro, mesmo tendo usado a máquina pública durante as eleições.
"Ele pode gastar o quanto quiser. O destino do Bolsonaro já está traçado. Ele vai ter que ter humildade e, no primeiro dia de janeiro, entregar a faixa [presidencial]", afirmou o ex-presidente na manhã desta sexta-feira (14/10), em coletiva de imprensa no Recife, Pernambuco. Ao seu lado estavam a candidata ao governo do estado Marília Arraes (Solidariedade) e o senador Humberto Costa (PT-PE).
Nesta tarde, o petista, que é nascido na cidade pernambucana de Caetés, realiza uma passeata em Recife. "Nas ruas da minha terra natal, Pernambuco", escreveu em sua página no Twitter.
Nas ruas da minha terra natal, Pernambuco pic.twitter.com/6p1eI4KqZ8
— Lula 13 (@LulaOficial) October 14, 2022
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Lula aproveitou para ironizar o evento com baixa adesão de público realizado ontem por Bolsonaro na cidade. “Agora, ele disse que não gosta de nordestino. É por isso que o ato que ele fez aqui em Pernambuco foi um fiasco”, declarou o ex-presidente. "Seria até bom alguém ligar para ele, para ele ver na televisão a nossa passeata. Ele vai ver que é bem maior do que o vergonhoso ato que ele fez aqui ontem. Bem maior. Se ele tivesse que viver de venda de camisa, no ato daqui, ele teria morrido de fome, de tão pouca gente que tinha", atacou.
Apoio a Marília Arraes no 2º turno
A visita do petista a Pernambuco também visa apoiar a candidatura de Arraes. No primeiro turno, por acordo com o PSB, o presidenciável apoiou o socialista Danilo Cabral, que chegou em terceiro lugar com 18% dos votos. A aliança no estado era uma das principais condições para a formação da chapa nacional entre PT e PSB. Antiga aliada de Lula, Arraes trocou o PT pelo Solidariedade no começo do ano, mas usou a imagem de Lula durante toda sua campanha, gerando conflito entre os diretórios pernambucanos do PT e PSB.
Durante a campanha, o ex-presidente fez questão de apresentar Cabral como o seu candidato, mas pessoalmente não viu problemas em ser associado à campanha de Marília. A candidata disputa agora com Raquel Lyra (PSDB).
Também esteve presente o prefeito da cidade, João Campos (PSB), primo de Marília, contra a qual disputou a prefeitura da cidade em 2020 e venceu. Desde o pleito, os dois parentes estão rachados mas, com intermédio de Lula, reuniram-se novamente ao redor da candidatura ao Planalto.
Segundo o ex-presidente, “você pode ter uma briga, mas a relação deles é sanguínea. Eles têm um DNA. (A reaproximação) É uma atitude honesta e corajosa, porque é visível, ninguém está escondendo, que tinha divergências profundas”. Na coletiva, Marília reconheceu a importância de “passar por cima de qualquer divergência” para reconstruir o país. Campos não se manifestou.
Como será no dia do segundo turno das eleições
Dia e horário de votação: o segundo turno será no domingo (30/10), das 8h às 17h, no horário de Brasília. A divulgação da apuração dos votos deve começar logo após o fechamento das urnas.
Onde votar: o eleitor pode conferir o local de votação no site do TSE. Ou por meio do aplicativo e-Título, acessando "onde votar".
Quem deve votar: todos os brasileiros alfabetizados, entre 18 e 70 anos, são obrigados a votar no dia da votação. O voto é facultativo apenas para quem tem entre 16 e 18 anos, pessoas com mais de 70 anos e analfabetos.
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