O presidente nacional do PSol, Juliano Medeiros, disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai atacar o "grande calcanhar de Aquiles" de Jair Bolsonaro (PL), a economia, durante o debate presidencial do próximo domingo (16/10).
"Nossa campanha, na TV e nos comícios, tenta falar de problemas que atingem a maioria das pessoas. Os problemas não têm a ver se alguém é mais ou menos cristão, católico ou evangélico. Isso é cortina de fumaça que Bolsonaro estimula para não falar de economia, que é o grande calcanhar de Aquiles desse governo", afirmou Medeiros em entrevista ao UOL News, nesta sexta-feira (14/10).
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O presidente do PSol compõe a coordenação de campanha de Lula. Em Pernambuco hoje, o petista está em tour pelo Nordeste esta semana. E deve ficar em São Paulo no fim de semana em preparação para o debate, realizado pela TV Band. Será o primeiro confronto direto entre Lula e Bolsonaro após o segundo turno.
"Os mais pobres, em especial, [foram] impactados pela profundidade da crise econômica que a gente está vivendo nos últimos anos, e a classe média também, que foi um setor que acabou pagando um preço desproporcional diante da crise que a gente está vivendo", explicou Medeiros.
"Nossa campanha não criou fake news"
O presidente do PSol também foi questionado sobre as propagandas eleitorais recentes de Lula, que vêm trazendo fortes ataques a Bolsonaro, imitando a estratégia do adversário. Um vídeo divulgado nesta semana, por exemplo, citando os apoios declarados ao atual presidente pelo goleiro Bruno, condenado pelo assassinato de Eliza Samudio, e por Guilherme de Pádua, condenado pela morte da atriz Daniela Perez. A peça diz que "assassinos, milicianos e criminosos" formam o "time de Bolsonaro".
"Discordo dessa percepção de que a nossa campanha está recorrendo a baixarias. No nosso horário eleitoral gratuito, você não vai encontrar uma mentira. Nossa campanha levantou um vídeo real no qual Bolsonaro dizia estar disposto a comer carne humana. Isso foi dito pelo Bolsonaro. Não há uma vírgula de mentira. Nossa campanha não criou fake news", respondeu Medeiros.
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