Em agenda de campanha em Recife, Pernambuco, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se referiu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “assassino de crianças no ventre da mãe”. A declaração ocorreu durante encontro com pastores evangélicos, quando Bolsonaro comentava sobre o aborto. A ala religiosa é alvo tanto da campanha do chefe do Executivo quanto da do petista em meio a chamada “Guerra Santa”.
“Não queremos, pela nossa salvação, eu como cristão, nós como cristãos, não queremos o aborto. O outro lado, diz o Lula que aborto é questão de saúde pública: não quer, arranca como se fosse um dente cariado. Para eles, um feto, uma criança no ventre da mãe e um dente cariado é a mesma coisa. Assassino de crianças no ventre da mãe! E o que eles falam? Chamam os outros do que eles são. Nós sabemos essa velha máxima deles”, alegou.
Saiba Mais
Por sua vez, Lula afirmou ser contrário ao aborto e disse que cabe ao Congresso o "papel" de discutir mudanças na legislação sobre o tema.
“A chance nossa está aí, não sou o salvador da Pátria. Quem salva o Brasil é o nosso Senhor Jesus Cristo, mas sou aqui uma opção. Ou a única opção àquilo que temos certeza que vai acontecer no Brasil”, completou Bolsonaro, em referência ao “risco de socialismo” no Brasil com a volta de Lula ao poder.
“Essa eleição quem pode disputar sou eu e outro cara, é um do bem e outro do mal e temos certeza que o bem vencerá como sempre”, apontou, ao som de “mito”. “Vamos buscar uma maneira de não deixar aquele que saqueou o Brasil assumir com mentiras, fake news. ‘Bolsonaro vai acabar com o Auxílio', ‘Depois das eleições, a gasolina vai subir’".
“Neurose” na pandemia
Sobre a pandemia, o presidente repetiu críticas ao que chamou de 'fique em casa e a economia a gente vê depois', em indireta às medidas adotadas por governadores em meio ao pico da covid-19. Com o fechamento de igrejas e comércios, Bolsonaro disse que a população “sentiu o gostinho do que é a ditadura”, voltou a defender o tratamento precoce e criticou o passaporte vacinal. “Se proibiu filhos de brasileiros retornar do exterior por não terem se vacinado”, reclamou.
Por fim, afirmou que houve “neurose” no trato contra o vírus. “Houve uma certa neurose, faltou a liberdade para discutirmos a melhor maneira para tratar a questão da covid. E nós compramos, para que ninguém reclame, 500 milhões de doses de vacina e aplicamos de forma voluntária”.
Cobertura do Correio Braziliense
Para o segundo turno, o Especial de Eleições continua no ar, destacando toda a cobertura da disputa presidencial e governos estaduais. Siga o Correio no Twitter (@correio), Facebook, Instagram (correio.braziliense) e YouTube para se manter atualizado sobre tudo o que acontece nas eleições 2022.
Saiba Mais
- Política Lewandowski encaminha ação sobre relatos de Damares à Justiça do Pará
- Política Flávia Oliveira sobre polêmica do 'CPX': 'É horror à favela, é racismo'
- Política Em julgamento no TSE, Moraes fala em novas modalidades de fake news
- Política Pesquisa Atlas: Lula tem 52,4% das intenções de voto e Bolsonaro 47,6%
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.