Em campanha pelo Nordeste, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a alfinetar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o petista, com a melhora da economia em seu eventual governo, a população voltará a comer picanha.
Em encontro com pastores em Recife, nesta quinta-feira (13/10), o chefe do Executivo citou o levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgado hoje, que apontou que o preço da cesta básica com 12 alimentos registrou queda de 9,9% em setembro, na comparação com julho de 2022. A cesta básica saiu de R$ 362,84 para R$ 326,96 no período. Já a carne bovina teve redução de 1,49% em comparação com setembro e julho deste ano.
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“Encantador de serpentes”
“Segundo a Abras, nos últimos 30 dias, o preço da cesta básica caiu em média 10% com percentual maior para laticínios. Está caindo o preço da carne também. Ninguém precisa aqui acreditar numa promessa de picanha, é pensar que o povo é idiota, é tratar com maldade o povo brasileiro. Há poucos dias ele disse que esse povo pobre dá R$ 10 que eles ficam satisfeitos, isso está em vídeo”, alegou.
Bolsonaro reconheceu que há fome no país, mas disse que Lula, o qual chamou de “encantador de serpentes”, ‘trabalha os números’ para cima.
“Tem gente que passa fome? Tem. Mas nós sabemos como esse encantador de serpentes trabalha os números”.
Citando a queda no preço da gasolina, afirmou que os políticos petistas são “pessoas do mal”. “Você não acha um empresário petista. Se achar, aleluia. Não acha ninguém que está produzindo nada na vida pregressa. Geralmente era do movimento sindical.”
Luta pela "liberdade"
O chefe do Executivo voltou a citar as eleições do segundo turno falando em luta pela “liberdade”. “O bem maior nosso é a liberdade e essa luta nossa. No dia 30, um dos grandes pontos focais é a questão da nossa liberdade.”
Bolsonaro afirmou que a população deve votar com a ‘razão’ e não com o ‘coração’ e voltou a dizer que a eleição no próximo dia 30 não é para ‘escolher marido’ ou um ‘colega para comer picanha fictícia’, tentando justificar duas de suas falas polêmicas e palavrões bradados ao longo da gestão.
“Temos pela frente agora um ponto importante. Um dia de decisão. Devem votar não com o coração ou com emoção, tem que votar com a razão. Ninguém está escolhendo um marido no dia 30 de outubro, ninguém está escolhendo um colega de pescaria ou um colega para comer picanha fictícia. Está escolhendo alguém que você já viu o passado dessa pessoa. Compare meus quatro anos com os quatro de Lula, não é difícil fazer essa comparação.”
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