Com as eleições presidenciais sendo decididas no segundo turno, o número de buscas no Google relacionadas aos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) cresceram exponencialmente.
O Correio separou e respondeu as perguntas mais feitas sobre Bolsonaro no Google. Confira:
Quando Bolsonaro se batizou?
Conhecido por defender as doutrinas da fé cristã, Bolsonaro foi batizado três vezes: uma na igreja católica, no qual afirma ser sua religião, e duas na igreja evangélica.
Em 2016, o atual presidente foi batizado pelo Pastor Everaldo da Assembleia de Deus e presidente do Partido Social Cristão (PSC) nas águas do Rio Jordão, no nordeste de Israel. A segunda vez, em 2019, foi a vez do líder espiritual da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo, no Templo de Salomão, em São Paulo.
Quem criou o Pix?
Embora tenha sido lançado em 2020, o PIX foi gestado ainda na administração de Michel Temer (MDB).
Os estudo para a implementação do sistema de pagamentos instantâneos foi instituído em abril de 2018 pelo Banco Central em parceria com um grupo de trabalho com cerca de 130 instituições, entre associações representativas, instituições bancárias, instituidores de arranjos de pagamento, instituições de pagamento, cooperativas, entidades governamentais, infraestruturas do mercado financeiro, fintechs, marketplaces, consultorias e escritórios de advocacia.
Após as eleições que elegeram Jair Bolsonaro para o primeiro mandato, o Banco Central, que passou a ser comandado por Roberto Campos Neto, indicado pelo presidente, continuou os trabalhos para a criação do PIX até o lançamento do serviço, em 16 de novembro de 2020.
Bolsonaro na maçonaria
Um vídeo de Jair Bolsonaro em uma loja de maçonaria viralizou nas redes sociais e o presidente fez uma live para explicar que a visita foi em 2017, quando ele era deputado federal e pré-candidato à presidência. Ele afirmou que aquela foi a única vez em que foi a um templo maçônico.
“Está aí na mídia agora, pessoal me criticando porque fui em loja maçom em 2017. Fui sim, fui em loja maçom, acho que foi a única vez que eu fui numa loja maçom. Eu era candidato a presidente, pouca gente sabia, e um colega falou ‘vamos lá’ e eu fui. Acho que foi aqui em Brasília. Fui muito bem recebido. Me trataram bem”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro já foi preso?
De acordo com informações do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, da Fundação Getúlio Vargas, Bolsonaro servia como capitão no 8º Grupo de Artilharia de Campanha em 1986 quando escreveu um artigo para a revista Veja, intitulado O salário está baixo, o que o levou à prisão por 15 dias por infringir o regulamento disciplinar.
Quando Bolsonaro comprou as vacinas?
Durante a CPI da Covid, o presidente Jair Bolsonaro foi acusado de atraso na compra de vacinas contra o coronavírus. Segundo relatório da CPI, o governo federal começou a receber ofertas de laboratórios em maio de 2020.
Em depoimento à comissão parlamentar, o CEO da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, informou que o governo brasileiro ignorou três ofertas para aquisição de vacinas em agosto de 2020, e que as negociações haviam começado em maio. O representante da empresa farmacêutica estimou que, caso um dos acordos tivesse sido fechado, o Brasil teria recebido as primeiras remessas do imunizante já em dezembro de 2020, e somaria, até o segundo trimestre de 2021, cerca de 18,5 milhões de doses. O que não aconteceu.
O Brasil começou a ser vacinado em 17 de janeiro de 2021, com a aplicação da vacina CoronaVac, logo após aprovação do uso emergência. Em março de 2021, o Ministério da Saúde anunciou ter assinado contratos com a Pfizer e a Janssen para a compra de 138 milhões de doses das vacinas contra a Covid-19, com a primeira remessa de imunizantes da Pfizer, com 1 milhão de doses, recebida em abril de 2021, e 1,5 milhão de doses da vacina da Janssen em junho de 2021.
Quando Bolsonaro foi eleito presidente?
Jair Bolsonaro lançou-se candidato à presidência da República nas eleições de 2018 pelo Partido Social Liberal com General Mourão (PRTB) como vice, na coligação "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".
No primeiro turno das eleições daquele ano, em 7 de outubro, Bolsonaro obteve 49.276.990 votos, o correspondente a 46,03% dos votos válidos, sendo o mais votado do turno. No segundo turno, no dia 28 de outubro de 2018, disputado com o candidato do PT Fernando Haddad, Bolsonaro foi eleito 38º presidente da República com 57.797.847 de votos (55,13% dos votos válidos).
Sigilo de 100 anos de Bolsonaro
Jair Bolsonaro impôs sigilo de 100 anos em pelo menos 65 casos entre 2019 e 2022 que tiveram pedidos de acesso por órgãos da imprensa via Lei de Acesso à Informação. Entre os casos estão:
- Visitas a Michelle Bolsonaro no Palácio Alvorada, com o argumento de que há informações de cunho pessoal nos documentos.
- Telegramas do Itamaraty acerca do caso envolvendo o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho e o irmão Assis, presos no Paraguai no início de 2020 por entrarem com documentos falsos no país.
- Documentos do Itamaraty no caso do médico Victor Sorrentino, detido no Egito pela acusação de assédio em 2021.
- O cartão de vacinação de Bolsonaro foi colocada em sigilo em janeiro de 2021, após o início da imunização da covid-19 no Brasil.
- Informações dos crachás de acesso ao Palácio do Planalto emitidos em nome dos filhos Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
- O processo interno do Exército contra o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, pela participação dele em um ato político ao lado de Bolsonaro, em maio de 2021, por infringir o Regimento Disciplinar do Exército.
- Processo contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) conhecido como “rachadinhas”.
- Ficha funcional de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e acusado de operar um esquema de rachadinha no gabinete do filho do presidente.
- Contratos de aquisição da vacina indiana Covaxin assinados em fevereiro de 2021, no valor de R$ 1,6 bilhão, e que foram investigados pela CPI da covid-19.
- Procedimentos administrativos que investigam a conduta dos agentes da Polícia Rodoviária Federal envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, em Umbaúba (SE), durante uma abordagem em 25 de maio. Ele morreu depois que policiais usaram uma espécie de "câmara de gás" improvisada no porta-malas da viatura após a vítima ter sido parada por andar sem capacete.
Quem vai apoiar Bolsonaro no segundo turno?
Na disputa no segundo turno para presidência, o candidato a reeleição Jair Bolsonaro já recebeu o apoio de Sergio Moro (União Brasil), ex-ministro de Bolsonaro, ex-juiz e senador eleito pelo Paraná; Romeu Zema (Novo), governador reeleito de Minas Gerais; Claudio Castro, governador reeleito do Rio de Janeiro (PL); Rodrigo Garcia (PSDB), governador de São Paulo derrotado no primeiro turno na disputa por reeleição; o ex-presidente impeachmado e senador Fernando Collor (PTB); A ex-senadora Ana Amélia Lemos (PSD); o presidente licenciado do PSDB no Rio Grande do Sul, Lucas Redecker; o governador reeleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB); o governador reeleito do Paraná, Ratinho Junior (PSD); o candidato derrotado do Novo ao governo de São Paulo, Vinicius Poit;
Quem ganhou Lula ou Bolsonaro?
Após a conclusão da apuração do primeiro turno das eleições, confirmou-se que a votação para presidente seguirá para o segundo turno, no dia 30 de outubro.
O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vencedor no primeiro turno com 57.259.504 votos, o equivalente a 48,43% dos votos válidos. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre a reeleição, ficou em segundo com 51.072.345 votos, 43,20% dos votos válidos.
Em terceiro lugar, ficou Simone Tebet (MDB) com 4,16% dos votos. Ciro Gomes (PDT) é o quarto, com 3,04%.
Por que Bolsonaro é genocida?
O termo foi cunhado durante a pandemia da covid-19 frente a diversos atos de Bolsonaro que impediram o combate ao coronavírus, o que acabou causando incontáveis números de mortes que poderiam ter sido evitadas.
O candidato a reeleição difundiu, desde o começo da pandemi,a a ideia de que a covid-19 não era preocupante e que a maioria da população seria contaminada, sugerindo uma estratégia de imunização de rebanho. Em um pronunciamento em março de 2020, se referiu ao vírus como “gripezinha” e disse posteriormente a apoiadores: “Está com medinho de pegar vírus? Brincadeira. E o vírus é uma coisa que 60% vão ter, ou 70%”.
Bolsonaro também agiu contra as medidas que podiam barrar o vírus, evitando usar a máscara e promovendo aglomerações. O presidente chegou a atacar prefeitos e governadores que tentavam conter a covid-19, com declarações e ações na Justiça, incluindo uma ação no STF para derrubar os decretos de restrição de locomoção adotados pelos governadores do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul.
Após a implementação do isolamento social como medida de contenção do vírus, se fez necessário garantir renda aos trabalhadores. Bolsonaro defendeu que o auxílio emergencial fosse de apenas R$200, mas foi obrigado pelo Congresso a pagar R$600. Em dezembro de 2020, chegou a anunciar o fim do auxílio, mas voltou atrás após grande pressão, reduzindo, no entanto, o total destinado ao benefício de R$ 320 bilhões, em 2020, para R$ 44 bilhões, em 2021.
O governo federal foi acusado, na CPI da Pandemia, de atraso na compra de vacinas contra a covid-19, ignorando ofertas de laboratórios em maio de 2020. Em outubro, chegou a mandar o Ministério da Saúde cancelar a compra de doses de CoronaVac. Além disso, deu repetidas declarações colocando as vacinas sob suspeita.
O presidente ainda investiu e fez propaganda da hidroxicloroquina, um remédio que inúmeros estudos provaram não ser eficaz contra a covid-19. Foi recomendada, inclusive, pela plataforma oficial TrateCov, além de investir recursos públicos no remédio, dando ordem ao Exército para aumentar sua fabricação.
Durante a pandemia demitiu os dois ministros da Saúde que eram médicos e se recusavam a adotar o discurso negacionista. Nelson Teich, que ficou à frente do ministério entre 17 de abril e 15 de maio, afirmou que precisou deixar o cargo devido à pressão de Bolsonaro, que exigia uma recomendação oficial da pasta para o uso da cloroquina. “Não vou manchar a minha história por causa da cloroquina”, declarou Teich. No lugar dele entrou o general Eduardo Pazuello, que viu, em sua gestão, o número de mortos pela covid-19 aumentar de 15 mil para mais de 280 mil.
Depois que foi avisado pela Anvisa que tinha distribuído máscaras que não serviam para uso médico, o Ministério da Saúde se recusou a trocá-las. Em Manaus, uma crise de abastecimento de oxigênio no estado deixou diversos mortos. O Ministério Público acusou Pazuello e os outros réus por "retardar o início das ações do Ministério da Saúde no estado do Amazonas, não supervisionar o controle da demanda e do fornecimento de oxigênio medicinal nas unidades hospitalares, não prestar ao estado a necessária cooperação técnica quanto ao controle de insumos, retardar a determinação da transferência de pacientes à espera de leitos para outros estados e realizar pressão pela utilização 'tratamento precoce' de eficácia questionada no Amazonas". Além disso, em agosto de 2020, suspenderam a compra de anestésicos necessários para intubar pacientes.
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