O presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu-se nesta quinta-feira (6/10) com mais de 200 deputados federais da base e eleitos, no Palácio da Alvorada. Entre os presentes estavam o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o líder do governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR), além do caminhoneiro Zé Trovão (PL-SC) e do deputado Onyx Lorenzoni (PL), que disputa o segundo turno ao governo do Rio Grande do Sul. O objetivo do encontro era pedir aos aliados que se dediquem a “conversar com os mais humildes” para virar votos.
A bancada feminina aliada do presidente esteve representada no encontro por meio das deputadas federais Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Caroline de Toni (PL-SC), Celina Leão (PP) e Silvia Waiãpi (PL-AP), e das senadoras Damares Alves (Republicanos) e Tereza Cristina (PP-MS). Também participaram do evento os deputados Filipe Barros (PL-PR), Otoni de Paula (MDB-RJ), Helio Lopes (PL-RJ) e Fred Linhares (Republicanos-DF). Além deles, estavam os governadores reeleitos como Gladson Cameli (PP-AC), Ronaldo Caiado (União-GO) e Antônio Denarium (PP-RR).
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Ajudando a segurar uma faixa “Mulheres com Bolsonaro”, a deputada Celina Leão afirmou que as mulheres parlamentares se organizarão para formar uma rede de apoio nacional ao presidente em sua investida à reeleição.
“Nós teremos um evento com essas mulheres que vão se organizar e faremos um evento mais bonito com as mulheres do Brasil. Esse é o presidente que levou água às mulheres ribeirinhas do Nordeste, que dobrou o Bolsa Família, que perdoou o Prouni, impagável. Cuida de mulheres, pobres, negras, periféricas. Vamos lutar todas unidas, pode ter certeza, nós faremos a diferença. Cada uma delas será coordenadora no seu estado e nós vamos revolucionar, mostrando que o Brasil é de mulheres e é junto com o presidente Bolsonaro”, disse. Em seguida, o chefe do Executivo tirou uma foto em meio a Damares e Bia Kicis.
Ataques ao PT
Em seu discurso, Bolsonaro reconheceu ter ofendido famílias em meio à pandemia da covid-19, mas disse não ter tido a intenção. “Sempre falei demais, reconheço. Ofendi algumas pessoas de forma não intencional. Me desculpa, mas é o calor de uma luta da vida contra a morte. O caso da pandemia, quem poderia esperar hoje em dia, estarmos no terceiro mês com deflação?”, emendou, citando ainda a queda do preço da gasolina.
Bolsonaro também aumentou o arsenal de ataques contra Luiz Inácio Lula da Silva, que o enfrentará no segundo turno das eleições no próximo dia 30. “O outro lado diz que vai aumentar isso, manter aquilo, por que não fez antes, 14 anos atrás?”, questionou.
“Não podemos deixar que o Brasil volte a ser administrado por um partido que, além da vergonha mundial, só fez coisa de errado aqui. Não é um candidato desconhecido, não é uma figura nova na política. É conhecida e nós sabemos o que aconteceu, não queremos mais isso para o nosso Brasil.”
O presidente também ironizou escolhas de Lula para ministros em eventual gestão.
“Vocês sabem o nome de todos os nossos ministros. E quem será o ministro do outro lado? Quem vai para a Casa Civil? Gleisi Hoffmann? Quem vai lá para Minas e Energia? Dilma Rousseff? Quem vai para a Defesa? Celso Amorim? O que é melhor para o Brasil e para nós? Conversar com gente do nosso lado que você já conhece ou com essas pessoas que tem história no passado bastante sombrio. Não queremos isso. Não podemos permitir isso.”
“Liberdade de expressão”
Em indireta a decisões de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro afirmou ser preciso “defender a nossa liberdade na letra fria da Constituição” e que “não tem que ter limites”. Segundo ele, os possíveis ofendidos nos diversos casos devem procurar a Justiça para ingressar com um processo.
"O Brasil é um país de pessoas livres, defendemos defender a nossa liberdade na letra fria da Constituição. Não tem que ter limites. Os limites que existem na lei, a pessoa prejudicada que recorra ao Judiciário, calúnia, difamação, mas nunca utilize outras formas mais agressivas para conter a liberdade de expressão das pessoas.”
Desde segunda-feira (3), Bolsonaro tem traçado estratégias de reforçar seus palanques locais. Desde o começo da semana, recebeu apoio formal dos governadores reeleitos Romeu Zema (Novo-MG), Cláudio Castro (PL-RJ), Ratinho Jr. (PSD- PR) e Ibaneis Rocha (MDB-DF), além do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSD).
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