O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua campanha definiram em reunião na capital paulista, nesta terça (4/10), o estado de São Paulo como foco para o segundo turno. Parte da agenda já está desenhada, com atos na capital e no interior já nesta semana.
A programação é que o candidato vá a São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, nesta quinta-feira (6), e a outra cidade da região no dia seguinte. No sábado (8), o petista deve ir a Campinas.
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São Paulo foi o calcanhar de Aquiles de Lula no primeiro turno. As pesquisas eleitorais não captaram a vitória de Jair Bolsonaro (PL) no estado, com 47,71% dos votos. O desempenho de Fernando Haddad (PT), candidato ao governo paulista, também deixou a desejar. Embora liderasse nos levantamentos, o petista, com 35,46% dos votos, ficou atrás de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que alcançou 42,59%.
A campanha de Lula avaliou ainda que o interior de São Paulo não teve a atenção necessária por parte do candidato até o primeiro turno. Durante a pré-campanha, ele visitou apenas Campinas e Sumaré, onde foi a uma ocupação ao lado de Guilherme Boulos (PSol) — deputado eleito pelo estado com mais de 1 milhão de votos.
"Lula e Haddad, Haddad e Lula"
Segundo o presidente do diretório paulista do PT, Luiz Marinho, também coordenador da campanha de Haddad, os candidatos a presidente e governador devem atuar de forma conjunta no estado a partir de agora, buscando votos no interior. Haddad venceu Tarcísio na capital paulista, que tem 16 milhões de eleitores, mas perdeu no resto do estado, que soma 18 milhões.
"Eu creio que a ordem de [reunir] 100 prefeitos é uma meta boa", disse Marinho após a reunião de hoje. A campanha de Haddad espera ainda uma participação maior de Geraldo Alckmin (PSB), responsável por atrair o eleitorado ainda resistente ao PT. "Agora é Lula e Haddad, Haddad e Lula", afirmou ainda Marinho.
Na reunião desta terça, a campanha também decidiu alterar o modelo dos eventos que deve realizar para o segundo turno. Em vez dos grandes comícios, comuns na primeira fase do período eleitoral, devem ocorrer mais caminhadas e eventos menores até o fim de outubro.
Estavam presentes ainda a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o coordenador do programa de governo, Aloizio Mercadante (PT), o senador Randolfe Rodrigues (Repe-AP), o coordenador de comunicação Edinho Silva (PT) e o presidente nacional do PSol, Juliano Medeiros.
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