De olho no eleitorado feminino, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (4/10) que o 13º do Auxílio Brasil para 17 milhões de mulheres já está “acertado”. Segundo o chefe do Executivo, o pagamento ocorrerá a partir de 2023, por conta da legislação eleitoral. A declaração foi feita a jornalistas no Palácio do Alvorada, ao lado do governador reeleito, Romeu Zema (Novo), que anunciou apoio ao presidente no segundo turno contra o ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva.
“Está acertado, só para as mulheres, 17 milhões a partir do ano que vem. E o Auxílio Brasil de R$ 600 está garantido para todo o nosso governo, isso foi acertado com o Paulo Guedes. Recursos já sabemos de onde virão. No momento, está garantido R$ 600 por lei. E os extras nós vamos manter esse valor a partir do ano que vem já garantido, temos fonte para garantir.”
“Por conta da Lei Eleitoral, você não pode tratar desse assunto agora, foi proibido pela Lei Eleitoral. A partir do ano que vem, 13º para o Auxílio Brasil. Além de ajudar as pessoas mais pobres, ajuda a receita de municípios e do próprio estado. Eu ouso dizer que o que ajudou o estado a não colapsar foi o Auxílio”, completou.
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Rejeição do eleitorado feminino
O público feminino é um dos alvos principais da campanha de Bolsonaro por conta da forte rejeição ao candidato. O anúncio da medida foi publicado por ele ontem, sem maiores informações, por meio do Telegram. O presidente ainda rebateu ser uma “narrativa” o índice de rejeição entre as mulheres.
“A questão das mulheres é uma narrativa contra a gente. Você pega, por exemplo, 420 mil títulos da reforma agrária, 80% foram para as mulheres. O Auxílio Brasil nós priorizamos as mulheres, quase 17 milhões das famílias são mulheres. Uma das nossas ministras mais importantes, Tereza (Cristina) da Agricultura, foi mulher. Damares (Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos,) também. A nossa da articulação política era a Flávia Arruda aqui do DF. Então, nós temos uma atenção muito especial para com as mulheres”, enumerou.
Segundo Bolsonaro, “as mulheres sempre estiveram na nossa meta. Criamos ou sancionamos 70 legislações de interesse delas, acredito que a mais importante, pode haver divergências, nós modificamos a lei sobre laqueadura, que agora pode fazer com 21 anos. Antes tinha que ter autorização do marido, agora está dispensado”. “Nós, sim, atendemos as mulheres. Não com discurso e palavras bonitas, mas com realizações e com ações”, completou.
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