Após a eleição em primeiro turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL) reencontrou candidatos eleitos e aliados e segue planejando a estratégia a ser adotada no segundo turno com a ajuda dos palanques estaduais. O chefe do Executivo recebeu nesta segunda-feira (3/10) a visita do ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas (Republicanos) que ficou em vantagem no primeiro turno da eleição na corrida a governador no estado de São Paulo, com 42,59% — contra 35,46% de Fernando Haddad (PT). Ambos disputarão o segundo turno.
Tarcísio foi um dos candidatos mais catapultados por Bolsonaro durante suas passagens por cidades da capital paulista. Bolsonaro afirmou neste domingo (2/10) que apostará nos principais estados do Sudeste como Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro para recuperar votos no segundo turno, onde pretende avançar terreno contra o opositor político Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Em São Paulo, Bolsonaro saiu vitorioso com 47,77% dos votos, contra 40,82% de Lula. O presidente recebeu ainda ao longo da tarde o ex-secretário de Pesca e eleito senador por Santa Catarina, Jorge Seiff (PL), a reeleita deputada federal Bia Kicis (PL) e o ex-secretário de Cultura, Mário Frias (PL).
“Estou nesse momento com o meu capitão @jairbolsonaro. Estou à postos para continuarmos juntos e fortes nessa batalha. Estamos aqui reunidos, e eu, como seu soldado, ouço atento aos comandos. Quem nos disse que seria fácil? Ninguém nunca nos deu certeza de nada”, escreveu.
Estou nesse momento com o meu capitão @jairbolsonaro
— MarioFrias 2208 (@mfriasoficial) October 3, 2022
Estou à postos para continuarmos juntos e fortes nessa batalha. Estamos aqui reunidos, e eu, como seu soldado, ouço atento aos comandos.
Quem nos disse que seria fácil? Ninguém nunca nos deu certeza de nada. pic.twitter.com/cWWOEwdB3w
Já a ex-ministra da Mulher e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) foi recebida por Bolsonaro no Palácio da Alvorada pela manhã. O coordenador de comunicação da campanha de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, também esteve no Planalto, onde se limitou a comentar os preparativos para a segunda parte do pleito eleitoral: “Vamos atropelar”.
Em Minas Gerais, Bolsonaro deverá começar a campanha de segundo turno por Minas Gerais e que tem mantido conversas com interlocutores de Romeu Zema, reeleito no estado.
"Fizemos bancada de cento e poucos deputados. Fizemos também senadores. Esse pessoal todo vai ser convidado a conversar conosco para se empenhar durante a campanha porque é natural os candidatos se preocuparem muito mais com as campanhas deles do que com a presidencial. Agora, a campanha é a nossa. Eu entendo que isso vai ajudar a gente a conseguir os votos suficientes para a gente ganhar as eleições".
Bolsonaro comemorou o crescimento da bancada do PL. "Pelo que tudo indica, nosso partido fez 101 deputados, 20% da Câmara. Isso é bastante. É um partido que sai na frente para disputar cargos na mesa ano que vem e esse atrativo fará com que se negocie já isso a partir de agora, antes mesmo do segundo turno das eleições. Temos isso a nosso favor. Creio que a gente vá fazer boas alianças para a gente ganhar as eleições", prosseguiu ainda neste domingo.
Questionado sobre a diferença de votos no Nordeste, Bolsonaro disse que, levando-se em conta o resultado de 2018 do primeiro turno, a votação de 2022 foi "melhor". "Nós caímos em São Paulo, Minas Gerais, Rio. Essa votação perdida é que a gente vai buscar recuperar nesses três estados que são os maiores colégios eleitorais do Brasil."
Ele disse que "há sentimentos de pessoas de que a vida delas ficou um pouquinho pior no sentido econômico", reconheceu que o poder de compra da população caiu, mas justificou que "a economia está se recuperando bem e isso se fará presente de forma positiva em um curto espaço de tempo". "Do outro lado não temos nada a ganhar, só temos a perder", continuou. Também neste domingo, o presidente atacou os institutos de pesquisa afirmando que eles estão "desmoralizados".
Mais tarde, por meio de uma série de posts no Twitter, disse que essa é a “maior vitória dos patriotas na história do Brasil”, que nunca perdeu uma eleição na sua trajetória política e acredita que não será agora que irá perder.
"Sabemos do tamanho da nossa responsabilidade e dos desafios que vamos enfrentar. Mas sabemos onde queremos chegar e como chegaremos lá. Pela graça de Deus, nunca perdi uma eleição e sei que não será agora, quando a liberdade do Brasil inteiro depende de nós, que iremos perder", publicou.
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