No terceiro bloco do debate dos candidatos à presidência da República da TV Globo, Ciro Gomes (PDT) citou inconsistências do governo de Jair Bolsonaro (PL) no comando das estatais e o questionou sobre as acusações de corrupção. “A mais grave institucionalização que eu já vi na história da humanidade da corrupção como elemento central do modelo de poder é o orçamento secreto”, disse Ciro.
Bolsonaro afirmou não ter ascendência sobre o orçamento secreto e também não ter controle sobre as estatais. “Foi criado pelo parlamento, a última palavra sempre é do parlamento. Quando eu veto alguma coisa e o parlamento derruba o veto, passa a ser lei. A última palavra é deles e não tem como mudar, a não ser que o parlamento queira.”
Os valores, implementados em 2020, são utilizados pelo legislativo para a destinação de verbas do orçamento público para projetos definidos por parlamentares sem indicação.
No mesmo bloco, a candidata Simone Tebet (MDB) voltou a tocar na questão do orçamento, que, segundo ela, é um mecanismo de compra de votos parlamentares. Bolsonaro pediu tréplica para rebater dizendo não ter responsabilidade.
Último confronto antes do primeiro turno
Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), Padre Kelmon (PTB), Felipe D’Ávila (Novo), Lula (PT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União) participam, nesta quinta-feira (29/9), do último debate entre os candidatos à presidência da República antes do primeiro turno, no domingo (2/10).
A Rede Globo convidou para o debate os postulantes de partidos com pelo menos cinco parlamentares no Congresso Nacional. O debate é mediado pelo jornalista William Bonner e será dividido em quatro blocos, todos com confrontos diretos entre os presidenciáveis. Ao final do quarto bloco, cada candidato fará suas considerações finais.
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