O presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu, no debate da TV Globo, na noite desta quinta-feira (29/9), quebrar o sigilo de 100 anos imposto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A resposta do petista aconteceu após um bate-boca com o chefe do Executivo — que tenta reeleição. Eles trocaram farpas sobre escândalos de corrupção.
Lula pediu direito de resposta e acusou Bolsonaro de formar quadrilhas, como na compra de vacinas e no caso das rachadinhas. “Ele (Bolsonaro) falar que montei quadrilha? Com a quadrilha da rachadinha dele que decretou sigilo de 100 anos? Falar de quadrilha comigo?", declarou.
Bolsonaro negou as acusações e em seguida, Lula voltou para um novo direito de resposta onde prometeu acabar com os sigilos de 100 anos decreto. Em outro momento do debate, o candidato petista ainda afirmou que seu partido atuou para identificar e punir a corrupção.
“Eu confesso ao povo que está assistindo que eu me sinto mal, uma espécie de estar atrapalhando o debate quando a gente poderia estar discutindo o futuro desse país. Eu queria lembrar as pessoas que graças ao que nós fizemos para combater a corrupção a corrupção foi descoberta e as pessoas foram punidas. Acontece que você poderia no processo de combate à corrupção prender os presos e liberar as empresas a funcionar”, disse.
Último confronto antes do primeiro turno
Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), Padre Kelmon (PTB), Felipe D’Ávila (Novo), Lula (PT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União) participam, nesta quinta-feira (29/9), do último debate entre os candidatos à presidência da República antes do primeiro turno, no domingo (2/10).
A Rede Globo convidou para o debate os postulantes de partidos com pelo menos cinco parlamentares no Congresso Nacional. O debate é mediado pelo jornalista William Bonner e será dividido em quatro blocos, todos com confrontos diretos entre os presidenciáveis. Ao final do quarto bloco, cada candidato fará suas considerações finais.