O deputado federal Paulo Guedes (PT-MG) denunciou, na noite deste domingo (25/9), que o veículo no qual ele estava foi alvo de disparos de arma de fogo durante evento político no município de Montes Claros, no Norte de Minas. Segundo ele, o autor do ataque é um policial militar que estava à paisana.
Líder da bancada do PT de Minas Gerais na Câmara desde abril deste ano, Guedes conta que três tiros foram disparados de dentro de um Voyage branco. O suspeito foi identificado, mas teve que ser escoltado pela Polícia Militar em decorrência do clamor popular no entorno.
Segundo o deputado, o autor dos disparos foi preso. Outras duas pessoas que o acompanhavam – sendo um homem e uma mulher – também foram detidas. “Não vamos sair da frente da viatura enquanto a PF não chegar”, afirmou o político, acrescentado que o ataque tem viés político. “Até aonde vai esse ódio? Bolsonaro mata”.
Paulo Guedes disse ter sido o terceiro episódio de ameaças e intimidações contra sua equipe de campanha. “Estávamos em uma carreata, quando o policial disparou contra um carro de som que eu estava presente. Exigimos a presença da Polícia Federal aqui. Isso foi uma tentativa de homicídio”.
Escalada de violência política
O empresário bolsonarista e produtor rural Luiz Carlos Ottoni, de 46 anos, morreu após bater com sua caminhonete em um barranco em uma estrada de chão nas proximidades da rodovia RST-481, que dá acesso ao município de Salto do Jacuí, no Rio Grande do Sul.
O acidente aconteceu na terça-feira (13/9), minutos após Ottoni colidir na traseira do carro da vereadora Cleres Maria Cavalheiro Revelante (PT-RS). Segundo ela, a batida foi proposital, e o empresário já havia a intimidado em outras ocasiões.
Na quinta-feira (8/9), um homem de 24 anos, apoiador de Jair Bolsonaro (PL), foi preso após matar o colega de trabalho Benedito Cardoso dos Santos, de 42, apoiador do ex-presidente Lula.
Conforme a Polícia Civil, o suspeito confessou ser o autor de várias facadas contra a vítima e golpeá-la com um machado no município de Confresa, no Nordeste de Mato Grosso.
Outro caso de violência em decorrência de divergência política foi registrado em 9 de julho, quando o policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho matou a tiros o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Arruda.
O crime aconteceu em Foz do Iguaçu, no Paraná, durante a festa de aniversário de Arruda com temática petista. Ele completou 50 anos no dia da sua morte. A Polícia Federal, no entanto, declarou que não houve crime político na ocasião. Guaranho segue preso.
Humilhação
Além de casos extremos envolvendo mortes, um vídeo em que um homem humilha uma mulher que necessita de ajuda viralizou nas redes sociais, conforme mostrou o EM no sábado (10/9).
Identificado como o empresário Cássio Cenali, ele indagou a mulher se ela é “Bolsonaro ou Lula?”. Quando a senhora respondeu que vota no candidato Luiz Inácio Lula da Silva, ele disse que “essa é a última marmita” que ela recebeu e que ela “vá pedir para Lula”.
Incrédula, a mulher perguntou, entre risos constrangidos, se aquilo era verdade. Após grande repercussão negativa, o empresário gravou um vídeo pedindo desculpas.
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